Irmaos Matheus Emiliano (E), goleiro do Ceilândia, e Joaquim, zagueiro do Santos. Foto: Arquivo Pessoal/Matheus Matheus Emiliano (E), goleiro do Ceilândia, e Joaquim, zagueiro do Santos. Foto: Arquivo Pessoal/Matheus

Ceilândia x Santos: Copa do Brasil divide família em duelo inédito entre goleiro e zagueiro irmãos

Publicado em Esporte

A partida desta quinta-feira entre Ceilândia e Santos pela primeira fase da Copa do Brasil, no Estádio Serejão, em Taguatinga, no Distrito Federal, pode ter um duelo de família protagonizado por um goleiro e um zagueiro, ambos nascidos em Nova Era-MG, a 140km de Belo Horizonte.

 

Titular do Santos, o zagueiro recém-contratado Joaquim é irmão de Matheus Emiliano, um dos goleiros reservas do Ceilândia. É improvável que ambos estejam em campo ao mesmo tempo, mas com certeza um deles dará adeus precocemente ao mata-mata nacional nesta noite.

 

Joaquim Henrique Pereira Silva é o membro famoso da família. O beque de 24 anos tem 1,90m. Foi destaque do Cuiabá na temporada passada do Campeonato Brasileiro e entrou rapidamente no radar dos clubes mais tradicionais do país depois de marcar um gol e dar uma assistência em 42 jogos com a camisa do representante de Mato Grosso na primeira divisão.

 

A negociação foi sacramentada por 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,7 milhões. O clube paulista adquiriu 60% dos direitos econômicos do jogador. A agilidade, o talento nos lances de bola aérea e a facilidade na saída de bola chamaram a atenção da diretoria alvinegra. Na edição anterior da Série A, Joaquim foi o segundo zagueiro com mais disputas de bola vencidas. Só ficou atrás de Gustavo Gómez, o paraguaio xerife da defesa do Palmeiras.

 

“É a primeira vez que vamos nós vamos nos enfrentar”, disse ao blog Joaquim, referindo-se ao irmão Matheus Emiliano, recém-contratado para assumir as traves do Ceilândia. Se não houver surpresa, o zagueiro será escalado por Odair Helmann na defesa com João Paulo, João Lucas, Maicon e Felipe Jonatan.

 

 

Matheus Emiliano secará o irmão do banco. O goleiro é temporariamente um dos suplentes do titular Henrique. Com passagem pelas divisões de base e profissional do Palmas-TO, o jogador de 22 anos vestiu as camisas do Tapajós, Vocem, Araxá, Tuntum e Bangu antes de desembarcar no atual vice-campeão do Distrito Federal.

 

“Ele (Joaquim) é de 1998 e eu (Matheus Emiliano), de 2000. Eu cheguei no Ceilândia faz uns 15 dias. Houve o sorteio da Copa do Brasil e soube que enfrentaria o Santos. Ele (Joaquim) chegou praticamente no mesmo dia que eu lá no Santos. Foi uma grande felicidade para os meus pais (Natanael e Valdirene) saber que os filhos se enfrentariam pela primeira vez. Momento único preparado por Deus”, celebra o goleiro do Ceilândia em um bate-papo com o blog.

 

Joaquim e Matheus brincavam de bola juntos em Minas Gerais antes de cada um seguir o o caminho profissional. “A gente sempre jogou bola no campinho de perto da nossa casa, em frente à Universidade Nova Era”, lembra o goleiro. A escolha da posição de cada um deles teve influência direta de Seu Natanael. “Dedo do meu pai por causa da estatura. Somos jogadores de muita força. Eu tentei um pouco na linha, mas virei goleiro”, conta Matheus.

 

Emocionado por reencontrar Joaquim dentro das quatro linhas nesta quinta-feira, Matheus Emiliano imagina a emoção da família quando os parentes assistirem ao jogo. “Essa data de hoje a gente tem que guardar nos nossos corações. É a realização de um dos sonhos do meu pai. Eu e o meu irmão somos unha e carne. Só hoje que vamos ficar um pouco sem se falar durante o jogo e vou torcer contra ele (risos), mas isso faz parte do futebol”, pondera o no goleiro do Gato.

 

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