Uma marca brasileira de material esportivo que aposta, entre outros garotos-propaganda, em dois dos melhores goleiros do Brasil, conseguiu bater recorde de vendas no país em meio à pandemia do novo coronavírus. Curiosamente, o sucesso não tem a ver apenas com o patrocínio de luvas a Wéverton (Palmeiras e Seleção Brasileira) e Vanderlei (Grêmio), mas também com uma mudança de estratégia em meio à crise causada pela quarentena.
A Poker registrou crescimento de 36% em agosto, a maior da firma de 34 anos. Em setembro, as vendas avançaram 12% em relação ao mês anterior. Diretor comercial da marca, Frêdi Cauduro atribuiu a guinada ao fato de a empresa ter enxergado um novo mercado. Segundo a empresa, houve incremento nas vendas tanto de artigos para realização de exercícios em casa, quanto de produtos para natação. Os artigos tornaram-se os principais ativos da marca.
“O mercado mudou muito rápido e, quando ele reabriu, estávamos com os produtos prontos e preparados. Com uma combinação financeira e estratégica, nós entendemos que o retorno do consumo seria muito veloz. A nossa visão é que nada será igual como era antes”, diz Cauduro.
A natação foi um dos trunfos para os investimentos não irem por água abaixo. “Foi um plano traçado durante os primeiros 45 dias da pandemia. Tínhamos de avaliar como o consumidor voltaria, se ele mudaria, ou não. Essas ações foram iniciando projetos, com base nas nossas previsões. A partir daí, surgiram os mais diversos produtos, para proteção contra as bactérias e vírus (a pioneira linha antiviral), a máscara própria para atividade física, que, além da questão esportiva, visava a proteção. Então, o desenvolvimento de produtos teve um forte investimento”, explica o executivo da Poker.
Paralelamente, o astro Gustavo Borges catapultou a guinada. O ex-nadador olímpico usa equipamentos da marca na metodologia de ensino que desenvolve em academias do país. “Qualquer prática esportiva é importante nesse momento, até no combate ao vírus, com um aumento de imunidade. Os protocolos de segurança estão nos deixando muito tranquilos. O que precisamos para incentivar a prática é mostrar que é seguro, que os protocolos são respeitados e o quanto a natação ajuda nesse aumento da imunidade”, explica Gustavo Borges.
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