Nunca antes em 20 anos de história, o Brasiliense esteve sob tanta pressão em um duelo de mata-mata como na série contra o Mirassol pelas oitavas de final da Série D do Brasileirão.
A derrota por 4 x 0 no interior de São Paulo, no domingo, é a pior do clube em um jogo de ida de fase eliminatória. O resultado obriga o atual vice-campeão candango a vencer o duelo de volta, no mínimo, por 4 x 0, para forçar a decisão por pênaltis.
O cenário mais terrível enfrentado pelo Brasiliense aconteceu há 10 anos. A Chapecoense goleou o time candango por 3 x 0, na Arena Condá, em Chapecó (SC), no jogo de ida da primeira fase da Copa do Brasil. O Jacaré venceu por 2 x 1 na volta, placar insuficiente.
A missão quase impossível de domingo, às 15h, no Serejão, vai além do Brasiliense. O futebol do Distrito Federal só disputa a Série D do Campeonato Brasileiro desde 2014. São sete anos na quarta divisão. Se o Brasiliense for eliminado, o jejum chegará a oito.
Na prática, isso significa que o Distrito Federal só poderia sonhar com o retorno à elite em 2024. Isso, óbvio, se algum time da cidade engatar a quinta marcha e subir um ano após o outro até a temporada nas próximas três temporadas.
A possível ausência do Brasiliense nas quartas de final também afeta a posição da capital no ranking nacional de federações da CBF. Hoje, o Distrito Federal ocupa apenas o 21º lugar. O sucesso do Gama (eliminado) ou do Brasiliense poderia abrir vaga para um terceiro time da cidade na Série C do ano que vem. O beneficiado seria o Real Brasília, terceiro colocado no Candangão deste ano. É interessante também para evitar a Pré-Série D. Nesta temporada, o Brasiliense duelou com o Tocantinópolis para ter acesso à fase de grupos.
A instabilidade dos times candangos no mata-mata contrasta com uma belíssima campanha na fase de grupos. O Brasiliense teve a melhor campanha entre os 64 times do torneio. O Gama registrou o segundo melhor desempenho. O alviverde caiu contra o Goianésia e o Brasiliense está em apuros contra o Mirassol nas oitavas de final.
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