Estêvão beija o escudo na comemoração: quatro gols na era Ancelotti. Foto: @rafaelribeirorio / CBF
A vitória do Brasil por 2 x 0 contra Senegal restabelece o respeito contra os adversários da escola africana. A Seleção havia perdido para Camarões na terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de 2022. Perdeu para Marrocos e Senegal no início do ciclo para 2026. Derrotou Guiné e deu o troco em Senegal neste sábado, no Emirates Stadium, em Londres, no penúltimo amistoso deste ano. O último será na terça contra a Tunísia, em Lille.
Estêvão continua sendo o cara da era Carlo Ancelotti, O chute cruzado da direita para a esquerda abrindo o placar é autoral. Tem a assinatura do estilo de jogo da joia do Chelsea. O segundo, marcado pelo volante Casemiro, lembra aquele anotado por ele contra a Suíça na segunda rodada da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Matheus Cunha continua sem fazer gol, mas a aplicação tática dele é importantíssima. Fez mais uma bela partida.
Foi importante encerrar a partida sem sofrer gol. Como respondeu Carlo Ancelotti a uma pergunta minha depois da vitória contra o Paraguai, em São Paulo, “eu sou italiano”. É o quinto jogo em sete sem ser vazado. Foi assim também contra Equador, Paraguai, Chile e Coreia do Sul. Apenas a Bolívia e o Japão balançaram a rede verde-amarela.
O sistema defensivo com Éder Militão, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Alex Sandro não é um absurdo, como expliquei na coluna publicada neste sábado no Correio Braziliense. Das últimas quatro seleções da Copa, três usaram zagueiros-laterais: Espanha (2010) com o polivalente Sergio Ramos; Alemanha (2014) com Howedes e a França (2018) com Pavard e Lucas Hernández. Éder Militão fez esse papel contra Senegal.
Referência com a bola nos pés, Ederson teve momentos de insegurança na saída de bola. Em uma delas, Senegal quase diminuiu o placar. Lesionado, Alisson está à frente dele.
Chama atenção a diferença de postura do Brasil nos dois tempos. A primeira etapa tem sido marcada por muita intensidade, marcação avançada, perde e pressiona, criação de lances e gol. Em contrapartida, o ritmo cai absurdamente nos 45 minutos finais. Resultado: a Seleção fica à espera dos contra-ataques, mas sente muita dificuldade para encaixá-los.
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Às vezes por excesso de preciosismo e individualismo. Houve um lance em que Rodrygo partiu com a bola dominada e foi fominha. Ele deveria ter passado a bola para Estêvão. Aberto na direita, ele tinha condições melhores de balançar a rede pela terceira vez.
Há um outro problema recorrente no segundo tempo: a perda da compactação. A impressão é de que a Seleção fica bipartida. Surge um buraco no meio de campo, ou seja, entre a linha defensiva e a ofensiva. Isso justifica, por exemplo, a entrada de Lucas Paquetá no lugar de Rodrygo na tentativa de retomar a organização.
Carlo Ancelotti tem dois modelos claros de jogo. Em um deles, o 4-2-4, prioriza o poder dos pontas com uma linha defensiva com um zagueiro-lateral, dois beques especialistas na posição e um lateral-esquerdo conservador. A outra preenche o meio de campo com a entrada de Lucas Paquetá e a saída de um dos pontas.
Para mim, o segundo modelo será o mais testado nos amistosos de março, os últimos antes da convocação para a Copa do Mundo. O Brasil deve repetir o sistema 4-2-4 contra a Tunísia na terça-feira, mas dificilmente entrará em campo assim contra França e Croácia. Por enquanto, vale saborear a vitória e aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Era Ancelotti
Equador 0 x 0 Brasil
Brasil 1 x 0 Paraguai
Brasil 3 x 0 Chile
Bolívia 1 x 0 Brasil
Coreia do Sul 0 x 5 Brasil
Japão 3 x 2 Brasil
Brasil 2 x 0 Senegal
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