Sensação da reta final da Copa Libertadores da América, Miguel Ángel Borja Hernández é o Rei da América 2016. Artilheiro do Atlético Nacional na conquista do bicampeonato da Copa Libertadores da América, o atacante colombiano de 23 anos teve 85 pontos contra 76 do brasileiro Gabriel Jesus e 50 do venezuelano e ex-companheiro de time, Alejandro Guerra, para ganhar o prêmio mais importante do continente. O Rei da América é oferecido desde 1986 pelo jornal uruguaio El País. Mantendo a tradição, o diário divulgou o vencedor no último dia do ano. Na disputa entre os técnicos, o colombiano Reinaldo Rueda venceu o técnico da Seleção Brasileira, Tite, por 194 x 68. A entrega dos troféus será em 21 de fevereiro, em Punta del Este, no Uruguai.
A seleção ideal do continente eleita por 421 jornalistas — 310 deles das Américas — ficou assim: Armani (Argentina); Daniel Bocanegra (Colômbia), Yerri Mina Colômbia), Arturo Mina (Equador) e Farid Díaz (Colômbia); Sebastián Pérez Colômbia), Alejandro Guerra (Venezuela) e Macnelly Torres (Colômbia) ; Carlitos Tévez, (Argentina), Gabriel Jesus (Brasil) e Miguel Borja (Colômbia).
Ao ser eleito Rei da América em 2016, Miguel Borja iguala os feitos dos compatriotas Téo Gutiérrez (2014) e Valderrama (1987 e 1993). O artilheiro dos gols decisivos na Libertadores e na Sul-Americana começou o ano escondido no Cortuluá. Depois da pausa para a Copa América Centenário nos Estados Unidos, o atacante foi contratado pelo Atlético Nacional e simplesmente arrebentou nas semifinais da Libertadores. Fez quatro gols no São Paulo nas semifinais do torneio continental. Na decisão contra o Independiente del Valle, do Equador, voltou a balançar a rede e confirmou o título do time colombiano.
O atacante também brilhou na Copa Sul-Americana. Nas quartas de final, protagonizou um hat-trick (três gols em um só jogo) diante do Coritiba nas quartas de final do torneio. Na temporada, Miguel Borja marcou 17 gols em 24 jogos (média de 0,73). Números excelentes para quem foi contratado pelo Atlético Nacional no meio da temporada. Acrescentando os gols marcados pelo Corruluá, Borja balançou as redes 39 vezes nesta temporada.
Com a seleção da Colômbia, não teve êxito nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Amargou o banco de reservas durante a maior parte do torneio e foi eliminado pelo Brasil nas quartas de final, na Arena Corinthians, em São Paulo. Em três partidas, não balançou a rede nenhuma vez.
Em novembro, Miguel Borja foi convocado pela primeira vez pelo técnico José Pékerman para vestir a camisa da seleção principal da Colômbia nas partidas contra o Chile e a Colômbia. Estreou no empate sem gol com o Chile e foi substituído por Falcao Garcia.
REIS DA AMÉRICA
2016: Miguel Borja (Colômbia/Atlético Nacional)
2015: Carlos Sánchez (Uruguai/River Plate)
2014: Téo Gutiérrez (Colômbia/River Plate)
2013: Ronaldinho Gaúcho (Brasil/Atlético-MG)
2012: Neymar (Brasil/Santos)
2011: Neymar (Brasil/Santos)
2010: D’Alessandro (Argentina/Internacional)
2009: Juan Sebastián Verón (Argentina/Estudiantes)
2008: Juan Sebastián Verón (Argentina/Estudiantes)
2007: Salvador Cabañas (Paraguai/América-MEX)
2006: Matias Fernández (Chile/Colo Colo)
2005: Carlitos Tévez (Argentina/Corinthians)
2004: Carlitos Tévez (Argentina/Boca Juniors)
2003: Carlitos Tévez (Argentina/Boca Juniors)
2002: José Cardozo (Paraguai/Atlas)
2001: Juan Roman Riquelme (Argentina/Boca Juniors)
2000: Romário (Brasil/Vasco)
1999: Javier Saviola (Argentina/River Plate)
1998: Martín Palermo (Argentina/Boca Juniors)
1997: Marcelo Salas (Chile/River Plate)
1996: José Chilavert (Paraguai/Vélez Sarsfield)
1995: Enzo Francescoli (Uruguai/River Plate)
1994: Cafu (Brasil/São Paulo)
1993: Valderrama (Colômbia/Junior Barranquilla)
1992: Raí (Brasil/São Paulo)
1991: Oscar Ruggeri (Argentina/Vélez Sarsfield)
1990: Raúl Amarilla (Paraguai/Colômbia)
1989: Bebeto (Brasil/Vasco)
1988: Rúben Paz (Uruguai/Racing)
1987: Valderrama (Colômbia/Deportivo Cali)
1986: Alzamendi (Uruguai/River Plate)