Internacional Parceria decisiva contra o River voltou a funcionar diante do Bolívar. Foto: Ricardo Duarte/Inter Parceria decisiva contra o River voltou a funcionar diante do Bolívar. Foto: Ricardo Duarte/Inter

Bolívar 0 x 1 Inter: Alan Patrick e Valencia dão fôlego ao sonho do tri

Publicado em Esporte

O equatoriano Enner Valencia é o protagonista da inédita vitória do Internacional contra o Bolívar na altitude de 3.600 de La Paz na partida de ida das quartas de final da Libertadores, mas precisamos falar sobre quem deu o passe para ele finalizar com perfeição: Alan Patrick.

 

O maestro do meio de campo colorado só precisa da movimentação inteligente de um centroavante para colocá-lo na cara do gol. Quando um clube oferece um jogador com essa característica no elenco a missão do camisa 10 fica mais fácil de ser executada.

 

Alan Patrick acumula três assistências nesta Libertadores. Todas relevantes. A primeira na fase de grupos contra o Metropolitanos. As outras duas contra o River Plate no duelo de volta das oitavas de final e diante do Bolívar nesta terça-feira na capital boliviana. Há um detalhe nos passes açucarados: todos foram para centroavantes.

 

Na fase de grupos, Alan Patrick deixou Luiz Adriano na cara do gol na vitória por 2 x 1 contra o Metropolitanos, em Caracas. Ele havia aberto o placar em uma cobrança de pênalti e o Internacional ampliou graças ao passe inteligente do meia.

 

A virada contra o Internacional também teve a parceria de Alan Patrick com Valencia. O primeiro gol nasce de uma trama entre os dois, no Beira-Rio, em Porto Alegre. O time colorado precisava no mínimo devolver o placar do jogo de Buenos Aires e conseguiu.

 

A conexão entre eles voltou a funcionar nesta terça-feira. Alan Patrick precisou de 16 minutos para interpretar a movimentação de Valencia no campo de ataque e servi-lo da melhor maneira possível. O equatoriano aproveitou e finalizou com perfeição.

 

O triunfo teve Alan Patrick e Valencia como protagonistas, mas o técnico Eduardo Coudet também. O argentino surpreendeu no sistema tático ao espelhar o modelo do Bolívar. Os dois times entraram em campo trabalhados no 3-4-1-2. Disfarçado de ataque, Alan Patrick era a peça mais próxima de Valencia no comando de ataque.

 

Enquanto oito jogadores se dedicavam ao trabalho sujo de reduzir o espaço do Bolívar, dois infernizavam o sistema defensivo colorado na base da experiência e perfuraram a defesa protegida pelos zagueiros Bentaberry, Ferreyra e Sagredo. A reação do goleiro Carlos Lampe é emblemática no lance. Ele gesticula para a desatenção do time no lançamento de Alan Patrick e o chute de quem sabe protagonizado por Valencia.

 

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