A final da Uefa Women’s Champions League neste sábado, às 13h (de Brasília), no Estádio San Memes, em Bilbao, na Espanha, tem uma chave tática importantíssima para desatar os nós do duelo entre o atual campeão Barcelona, à caça do terceiro título, e o recordista Lyon. O time francês busca a nona conquista na história do torneio continental.
Um dos pontos fortes do Barcelona é o lado direito. O meio de campo conta com a atual número 1 do mundo, Aitana Bonmatí. À frente dela, na ponta direita, atua a possível sucessora da espanhola na Bola de Ouro da revista France Football e no Fifa The Best. A norueguesa Graham Hansen faz uma temporada espetacular. As responsáveis por marcá-las e manter o tabu de o Lyon jamais ter perdido para o Barcelona são a lateral-esquerda Salma Bacha e a meia Danielle van de Donk.
Os números traduzem a necessidade do Lyon de aniquilar as duas craques do Barcelona. Aitana tem 18 gols e 19 assistências na temporada de 2023/2014. Hansen acumula impressionantes 40 bolas na rede e 37 passes decisivos para gol. Resumindo: são 58 gols e 56 assistências das duas jogadoras. Quase 30% dos gols marcados pelas duas estrelas.
O lado direito do Barcelona é assustador, mas o Lyon tem antídotos. Uma delas é a artilheira isolada do torneio. A francesa Kadidiatou Diani coleciona oito gols em 10 jogos na Liga dos Campeões. Ela forma uma trinca de ataque fortíssima com a norueguesa Hegerberg e a haitiana Durmonay. Na defesa, a experiente Wendie Renard assume a missão de vigiar Salma Paralluelo, goleadora do Barcelona na Champions com seis gols.
A decisão não é inédita. Em 2019, o Lyon goleou o Barcelona por 4 x 1 na decisão disputada em Budapeste, na Hungria. Em 2022, as francesas triunfaram novamente no Juventus Stadium, em Turim, na Itália, por 3 x 1. A expectativa é pela quebra do recorde de público em finais da Champions League. A decisão de 2012 levou 50.212 pagantes ao Estádio Olímpico de Munique na conquista do Lyon contra o FFC Frankfurt da Alemanha.
Na entrevista coletiva pré-jogo, o técnico Jonatan Giráldez advertiu o Barcelona para a necessidade de dominar a partida durante os 90 minutos e prometeu pequenas adaptações para que isso seja possível. Do outro, Sonia Bompastor manteve a cautela com um discurso batido entre donos e donas da prancheta: “Cada jogo tem uma história”.
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