O Campeonato Espanhol é um dos mais impactados pela pirataria audiovisual. Estima-se um impacto econômico entre 600 e 700 milhões de euros anuais aos clubes de LaLiga. O contra-ataque de um dos torneios nacionais mais badalados do mundo é uma campanha maciça aos torcedores com um alerta contundente: “Você assiste futebol pirata, eles te pagam”, referindo-se à segurança digital dos torcedores.
A guerra é contra sites e aplicativos não autorizados a transmitir LaLiga. Investigações apontam para a utilização de plataformas por redes do crime organizado. Os torcedores acessam para assistir aos jogos. Enquanto isso, são instalados malwares como trojans, keyloggers ou ransomwares nos dispositivos, facilitando o roubo de senhas, dados bancários e até o acesso não autorizado de câmeras.
Engajada na luta contra a pirataria, LaLiga uniu-se a uma rede internacional em 38 países e colabora com órgão policiais e organizações globais como a Europol. Um dos braços da batalha é a Operação Kratos, responsável por desmantelar uma rede global que distribuía mais de 2.500 canais ilegais para 22 milhões de usuários. Foram apreendidas armas, drogas e criptomoedas. A apuração conectou a pirataria a atividades criminosas de alto nível.
A América Latina foi alvo da Operação 404. A caça à pirataria conseguiu o bloqueio judicial do aplicativo Magis TV. Além disso, 675 sites e 14 aplicativos ilegais foram lacrados. Houve prisões e a preensões na Argentina e no Brasil. “O combate à pirataria exige um esforço conjunto das autoridades, da indústria, e dos próprios usuários. O que pode parecer um streaming inofensivo pode trazer consequências grave no curto, médio e longo prazo.
A luta contra a pirataria é o principal assunto da nova temporada de LaLiga. A série “As sete maravilhas da Europa” chega a quarto capítulo apresentando o Campeonato Espanhol. Depois de passarmos pelo Holandês, Português e o Francês, desembarcamos no torneio cujos protagonistas são Mbappé, Vinicius Junior, Rodrygo, Lamine Yamal, Raphinha, Lewandowski, Griezmann, Bellingham, Alexander Arnold e companhia.
Divirta-se!
¡Bienvenidos, LaLiga!
10 motivos para não perder
1. Astros
Como ignorar um campeonato no qual desfilam o atual Fifa The Best, Vinicius Junior, além de Mbappé, Rodrygo, Bellingham, Raphinha, Lewandowki, Pedri, Dani Olmo, Gavi, Lamine Yamal, Rashford, Griezmann, Julian Álvarez, Nico Williams…
2. Influência alemã
O atual campeão espanhol é comandado por um técnico germânico. Hansi Flick fez o Barcelona voar baixo na temporada passada com goleada desmoralizantes nos clássicos contra o Real Madrid. Campeão da Bundesliga pelo Bayer Leverkusen na temporada de 2023/2024, Xabi Alonso herda a missão de substituir Carlo Ancelotti e aplicar o estilo alemão do Bayer no clube merengue.
3. Para espanhol ver
Houve um tempo em que o futebol inglês cedeu astros como o meia David Beckham e o atacante Michael Owen ao Campeonato Espanhol. Ambos faziam parte dos galáticos do Real Madrid Nesta temporada, o chá das cinco de LaLiga terá couvert de craques como Trent Alexander-Arnold e Jude Bellingham (Real Madrid), Marcus Rashford (Barcelona) e Conor Galagher (Atlético de Madrid).
4. Um pouquinho de Brasil
LaLiga é uma prova de como o futebol brasileiro anda em baixa na Europa. São 10 jogadores do país matriculados no Campeonato Espanhol. Menos, por exemplo, do que Marrocos (11), Uruguai (12), França (17) e Argentina (20). Vinicius Junior, Raphinha, Rodygo, Endrick, Éder Militão, Vitor Reis, Natan, Marcão, Calebe e o goleiro Luiz Junior representam a bandeira verde-amarela nesta temporada.
5. Luvas
O Campeonato Espanhol é muito indicada para quem gosta de goleiros. As traves do Real Madrid são protegidas pelo belga Courtois. A meta do Barcelona tem o alemão Ter Stegen, em pé de guerra com a diretoria azul-grená. Oblak é a muralha do Atlético de Madrid. Titular da Espanha, atual campeão da Eurocopa e vice da Nations League, Unai Simon continua guardião das balizas do Athletic Bilbao. Olho também no brasileiro Luiz Júnior (Villarreal).
6. Desafio
Kylian Mbappé foi o artilheiro do Campeonato Espanhol com 31 gols na primeira temporada dele com a camisa do Real Madrid. A pergunta é: o francês fominha atingirá os patamares dos maiores goleadores de LaLiga em uma só temporada. Lionel Messi é o recordista com 50 bolas na rede na temporada de 2011/2012. Cristiano Ronaldo anotou 48 em 2014/2015 pelo Real Madrid. Luis Suárez marcou 40 na versão de 2015/2016 pelo Barcelona. Monstros!
7. Modernidade
Enquanto discutimos no Brasil a implementação (ou não) do impedimento semiautomático na próxima temporada do Campeonato Brasileiro, a concorrente LaLiga continua à frente no tempo. Uma das novidades nesta edição é a utilização da Inteligência Artificial no socorro aos árbitros humanos da competição. A ferramenta decidirá quais juízes estarão escalados para cada rodada do Espanhol. A expectativa é por objetividade, neutralidade e confiança aos critérios.
8. Ego ferido
O Campeonato Espanhol viu ligas nacionais vizinhas mandarem nas competições continentais na temporada passada. O Paris Saint-Germain conquistou o título inédito da Liga dos Campeões da Europa. O Tottenham premiou a Premier League com o troféu inédito na Europa League. O Chelsea dominou a Conference League. Portanto, o desafio em 2025/2026 vai além da hegemonia doméstica. É preciso dar uma resposta à França e à Inglaterra no continente.
9. Por que não eu?
Os técnicos brasileiros deveriam se fazer essa pergunta ao olhar para o menu de coleguinhas empregados em LaLiga. A Argentina tem Eduardo Coudet (Alavés), Diego Simeone (Atlético de Madrid) e Matías Almeyda (Sevilla). O Chile conta com Manuel Pellegrini (Bétis). O último brasileiro a comandar um time espanhol chama-se Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid. Prepare-se, torcedor rubro-negro! Filipe Luís será o próximo.
10. Revolucionários
A Espanha tem uma das melhores seleções do mundo para a próxima Copa. É a atual campeã da Eurocopa e perdeu recentemente o título da Nations League para Portugal nos pênaltis. Ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Portanto, é obrigatório acompanhar LaLiga de perto. Esses caras podem, sim, conquistar o bicampeonato no Canadá, EUA e México, 16 anos depois do primeiro título na África do Sul.
Campeonato Espanhol
Período: 15/8/2025 a 24/5/2026
Clubes: 20
Jogadores: 488
Estrangeiros: 200 (41%)
Média de idade: 27 anos
Investimento em contratações: € 524,6 milhões
Quem mais gastou: Atlético de Madrid, € 249,2 milhões
Vagas na Liga dos Campeões: 5
Quem transmite: ESPN e Disney+
Como foi na temporada 2024/2025
Campeão: Barcelona, 88 pontos
Vaga para Liga dos Campeões: Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid, Athletic Bilbao e Villarreal
Vagas para Europa League: Bétis e Celta de Vigo
Conference League: Rayo Vallecano
Quem subiu: Granada, Las Palmas e Alavés
Quem desceu: Levante, Elche e Oviedo
Gols: 995 / Jogos: 380 / Média de gols: 2,62
Artilheiro: Kylian Mbappé (Barcelona), 31 gols
Média de público: 29.981
Melhor média de público: Real Madrid (72.061)
Os 20 candidatos ao título
ALAVÉS
Fundação: 1921
Título: não tem
Estádio: Mendizorroza (19.840)
Time-base (4-2-3-1)
Sivera;
Tenaglia, Garcés, Moussa Diarra e Jonny;
Guevara e Antonio Blanco;
Carlos Vicente, Calebe e Aleñá;
Toni Martínez
Técnico: Eduardo Coudet (Argentina)
Brasileiro: Calebe
ATHLETIC BILBAO
Fundação: 1898
Títulos: 8
Estádio: San Mamés (53.289)
Time-base (4-2-3-1)
Unai Simón;
Areso, Vivian, Paredes e Yuri;
Ruiz de Galarreta e Jauregizar;
Iñaki Williams, Sancet e Nico Williams;
Guruzeta
Técnico: Ernesto Valverde
Brasileiro: não tem
ATLÉTICO DE MADRID
Fundação: 1903
Títulos: 11
Estádio: Civitas Metropolitano (67.603)
Time-base (4-4-2)
Oblak;
Marcos Llorente, Le Normand, Hancko e Ruggeri;
Giuliano, Johnny Cardoso, Barrios e Álex Baena;
Sorloth e Julián Alvarez
Técnico: Diego Simeone (Argetina)
Brasileiro: não tem
BARCELONA
Fundação: 1899
Títulos: 28
Estádio: Spotify Camp Nou (105.000)
Time-base (4-2-3-1)
Joan Garcia;
Kounde, Cubarsí, Iñigo Martínez e Balde;
Pedri e De Jong;
Lamine Yamal, Dani Olmo e Raphinha;
Lewandowski
Técnico: Hansi Flick (Alemanha)
Brasileiro: Raphinha
BÉTIS
Fundação: 1907
Título: 1
Estádio: Benito Villamarín (60.721)
Time-base (4-2-3-1)
Valles;
Ángel Ortiz, Llorente, Bartra e Junior;
Altimira e Fornals;
Lo Celso, Isco e Riquelme;
Cucho Hernández
Técnico: Manuel Pellegrini (Chile)
Brasileiro: Natan
CELTA
Fundação: 1923
Título: não tem
Estádio: Abanca Balaídos
Time-base (3-4-3)
Radu;
Javi Rodríguez, Starfelt e Marcos Alonso;
Carreira, Beltrán, Moriba e Mingueza;
Iago Aspas, Jutglá e Bryan Zaragoza
Técnico: Cláudio Giráldez
Brasileiro: não tem
ELCHE
Fundação: 1923
Título: não tem
Estádio: Martínez Valero (33.732)
Time-base (3-4-3)
Dituro;
Álvaro Nuñez, Affengruber, Bigas e Petrot;
Aleix Febas, Marc Aguardo e Martim Neto;
Josan, Álvaro Rodríguez e Germán Valera
Técnico: Eder Sarabia
Brasileiro: não tem
ESPANYOL
Fundação: 1900
Título: não tem
Estádio: RCDE (25.640)
Time-base (4-2-3-1)
Dmitrovic;
El Hilali, Calero, Cabrera e Carlos Romero;
Pol Lozano e Edu Expósito;
Dolan, Terrats e Puado;
Roberto
Técnico: Manolo González
Brasileiro: não tem
GETAFE
Fundação: 1940
Título: 1983
Estádio: Coliseum Alfonso Pérez (16.800)
Time-base (4-4-1-1)
David Soria;
Iglesias, Abqar, Alderete e Rico;
Kiko Femenia, Luis Milla, Arambarri e Sancris;
Chris Uche;
Mayoral
Técnico: José Bordalás
Brasileiro: não tem
GIRONA
Fundação: 1930
Título: não tem
Estádio: Montilivi (13.286)
Time-base (4-2-3-1)
Gazzaniga;
Arnau Martínez, David López, Kredjci e Blind;
Yangel Herrera e Iván Martín;
Tsygankov, Lemar e Asprilla;
Stuani
Técnico: Michel Sánchez
Brasileiro: Vitor Reis
LEVANTE
Fundação: 1909
Título: não tem
Estádio: Ciutat de Valencia (15.992)
Time-base (4-4-2
Pastor;
Toljan, Dela, Matturo e Manu Sánchez;
Carlos Álvarez, Arriaga, Oriol Rey e Pablo Martínez;
Brugué e Morales
Técnico: Julián Calero
Brasileiro: não tem
MALLORCA
Fundação: 1916
Título: não tem
Estádio: Mallorca Son Moix (21.000)
Time-base (4-2-3-1)
Leo Román;
Morey, Valjent, Raillo e Mojica;
Samu Costa e Manu Morlanes;
Asano, Pablo Torre e Darder;
Muriqi
Técnico: Jagoba Arrasate
Brasileiro: não tem
OSASUNA
Fundação: 1920
Título: não tem
Estádio: El Sadar (23.576)
Time-base (4-2-3-1)
Sergio Herrera;
Rosier, Boyomo, Catena e Abel Bretones;
Torró e Moncayola;
Rubén García, Aimar Oroz e Victor Muñoz;
Budimir
Técnico: Alessio Lisci (Itália)
Brasileiro: não tem
OVIEDO
Fundação: 1926
Título: não tem
Estádio: Carlos Tartiere
Time-base (4-3-3)
Aarón;
Nacho Vidal, David Costas, Dani Calvo e Alhassane;
Sibo, Ilic e Cazorla;
Hassan, Fede Viñas e Chaira
Técnico: Veljko PLaunovic (Macedônia do Norte)
Brasileiro: não tem
RAYO VALLECANO
Fundação: 1924
Título: não tem
Estádio: Vallecas (14.708)
Time-base (4-2-3-1)
Batalla;
Ratiu, Lejeune, Luiz Felipe e Chavarría;
Pathe Ciss e Unai López;
De Frutos, Isi e Álvaro García;
Camello
Técnico: Iñigo Pérez
Brasileiro: não tem
REAL MADRID
Fundação: 1902
Títulos: 36
Estádio: Santiago Bernabéu (81.044)
Time-base (3-5-2)
Courtois;
Rüdiger, Tchouaméni e Huijsen;
Trent Alexander-Arnold, Guler, Valverde, Camavinga e Carreras;
Mbappé e Vinicius Junior
Técnico: Xabi Alonso
Brasileiros: Éder Militão, Endrick, Rodrygo e Vinicius Junior
REAL SOCIEDAD
Fundação: 1909
Títulos: 2
Estádio: Reale Seguros (39.500)
Time-base (4-3-3)
Remiro;
Jon Aramburu, Jon Martín, Zubeldia e Aihen;
Brais Méndez, Gorrotxategi e Sucic;
Kubo, Oskarsson e Oyarzabal
Técnico: Sergio Francisco
Brasileiro: não tem
SEVILLA
Fundação: 1890
Título: 1
Estádio: Ramón Sánchez Pizjuán (35.571)
Time-base (4-2-3-1)
Nyland;
Carmona, Bade, Gudelj e Suazo;
Agoume e Sow;
Lukebakjo, Vargas e Alfon;
Akor Adams
Técnico: Matías Almeyda (Argentina)
Brasileiro: Marcão
VALENCIA
Fundação: 1919
Títulos: 6
Estádio: Mestalla (49.430)
Time-base (4-2-3-1)
Agirrezabala;
Foulquier, Tárrega, Copete e Gayá;
Javi Guerra e Pepelu;
Rioja, Raba e Diego López;
Hugo Duro
Técnico: Carlos Corberán
Brasileiro: não tem
VILLARREAL
Fundação: 1923
Título: não tem
Estádio: La Cerámica (23.500)
Time-base (4-4-2)
Luiz Junior;
Mouriño, Foyth, Rafa Marín e Cardona;
Pepe, Parejo, Pape Gueye e Moleiro;
Ayoze e Gerard Moreno
Técnico: Marcelino Toral
Brasileiro: Luiz Junior
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