Leila e Landim: batalhas contra Nobre, Bandeira e disputa por Bruno Henrique. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Presidentes dos clubes mais ricos, badalados e vitoriosos do futebol brasileiro nos últimos sete anos, Rodolfo Landim e Leila Pereira parecem ter combinado discursos e movimentos políticos no Flamengo e no Palmeiras na tentativa de driblar a revolta de massas insaciáveis. Há características comuns entre eles: o apego ao poder, a fidelidade aos personagens Marcos Braz e Anderson Barros, guerras declaradas nos bastidores contra Eduardo Bandeira de Mello e Paulo Nobre, e uma disputa à parte entre eles no mercado da bola por um troféu: Bruno Henrique.
Landim não abre mão do vice de futebol Marcos Braz. Avisou mais de uma vez: irá com ele até o fim do mandato, em dezembro de 2024. Em uma temporada de insucessos em série, o acerto com o técnico Adenor Leonardo Bachi, o Tite, a três meses do fim da temporada, funciona como escudo para o dirigente e o departamento de futebol rubro-negro.
Enquanto Marcos Braz e Bruno Spindel debatem com Tite a temporada de 2024, Landim trava queda de braço com a oposição nos bastidores. Ele trama para fazer o sucessor nas eleições de dezembro e minar a candidatura de possíveis concorrentes como Eduardo Bandeira de Mello. O deputado federal deseja retomar ao poder e tem o apoio de personagens da velha política do clube como o ex-presidente Márcio Braga. .
Leila Pereira passa por uma situação parecida no Palmeiras. Os títulos do Paulistão contra o Água Santa e da Supercopa do Brasil o duelo com o Flamengo não satisfazem a torcida alviverde. Assim como Landim, Leila anunciou que não abrirá mão do trabalho do criticado diretor de futebol Anderson Barros. Ele permanece no cargo enquanto a dirigente lá estiver. Enquanto a diretoria do Flamengo usa Tite como escudo, a do Palmeiras tem o empilhador de títulos Abel Ferreira na linha de frente.
A presidente também lida com a pressão política. As eleições do Palmeiras também estão chegando. Ela almeja a reeleição, mas conhece as articulações nos bastidores. A polêmica entrevista coletiva desta semana mandou recados. O ex-presidente Paulo Nobre sentiu-se atacante e disparou contra ela. Se Landim tenta domar Bandeira, Leila luta nos bastidores e agora publicamente para minar Nobre na disputa pelo poder. Afinal, a temporada péssima tornou Landim e Leila vulneráveis.
Há outros dois pontos de intersecção nas crises do Flamengo e do Palmeiras. Os dois ricaços do futebol brasileiro arriscam ficar fora da próxima Libertadores. A classificação do Brasileirão está justa neste momento. O líder Botafogo é o único sobrando na turma com nove pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
O outro ponto é Bruno Henrique. A situação do atacante pode pacificar os ânimos em um lado da força e acirrar o embate político do outro. O Palmeiras está disposto a despejar dinheiro na conta do atacante para tê-lo no elenco em 2024. A oferta é sedutora..
O Flamengo vacilou no momento de exercer o direito de renovação, tem um teto financeiro para mantê-lo no elenco e não parece disposto a fazer loucura sob pena de comprometer outras negociações como as renovações de Everton Ribeiro, Gabigol e Arrascaeta.
Quem ficar com o atacante Bruno Henrique garantirá um prazo de trégua na política interna. O derrotado verá o ambiente ficar ainda mais hostil e será desafiado a ir ao mercado e fazer uma contratação à altura da perda para curar a depressão da torcida.
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