A pré-temporada dos times na Flórida chega ao fim com meias verdades ditas pela competente presidente Leila Pereira. Não concordo com a opinião de que as atividades nos Estados Unidos não servem para nada, aliás, servem apenas para dirigentes excursionarem pela Disney.
Basta dar uma olhadinha no passado para achar alguma utilidade na turnê. Em 2019, o time do Flamengo começou a se conhecer na Flórida depois das contratações de Gabriel Barbosa, Bruno Henrique, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Gerson e companhia. O primeiro contato entre os novos coleguinhas foi na terra do Mickey.
Sim, o Flamengo era comandado pelo técnico Abel Braga à época da conquista da Florida Cup é o sucesso veio depois sob a batuta de Jorge Jesus, mas é absurdo considerar aquela fase inútil na temporada de 2019. A convivência forja um grupo vencedor. Os estranhamentos, guerras de vaidade, disputas pelo poder no vestiário. O Flamengo conquistou a Copa Mickey contra o Ajax e o Eintracht Frankfurt e deu início a um ano incrível com os títulos do Carioca, Série A e o encerramento do jejum na Libertadores.
O próprio Palmeiras fez pré-temporada nos EUA em 2020. Foi campeão da Flórida Cup. Naquela época, Vanderlei Luxemburgo usou o período para dar milhagem a jovens talentos como Danilo, Gabriel Menino e Patrick de Paula, todos úteis à época na campanha dos títulos no Paulistão, na Copa do Brasil e na Libertadores. O presidente ainda era Maurício Galiotte.
Leila Pereira diz meias verdades, não a verdade inteira. Os dois clubes mais poderosos do país mostraram alguma utilidade na pré-temporada no exterior e souberam aproveitá-la no restante da temporada. Questão de ponto de vista é uma boa dose de bom ou mau humor.
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