As estreias de Brasiliense e Sobradinho na Série D e a sexta tentativa consecutiva do DF de subir para a C

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A capital do país não disputa a Série C do Campeonato Brasileiro desde 2014. Lá se vão seis anos. É muito tempo de abstinência para o Distrito Federal. Apesar disso, é sempre bom lembrar, construíram um estádio caríssimo aqui para a Copa de 2014 com capacidade para 70 mil pessoas… O quadradinho virou o século na primeira divisão. O Gama participou de 1999 a 2002. O Brasiliense figurou na elite em 2005. Por sinal, o Jacaré foi o último representante daqui na terceirona, em 2013.

Dito isto, palmas para a vitória magra, mas importantíssima do Brasiliense sobre o Serra neste sábado na abertura no Grupo 13 da Série D neste sábado. Competições como esta, com grupos de quatro times e seis jogos para cada um, ou seja, partidas em ida e volta, têm uma regrinha simples: é quase impossível não passar de fase com 10 pontos. Logo, são três vitórias em casa e um pontinho fora. Parece fácil, mas não é. Daí a relevância do gol do centroavante Michel Platini, no Serejão, diante de 639 pagantes.

Se houver equilíbrio no time principal entre jogadores novos e veteranos, o Brasiliense tem boas chances de ser um dos quatro clubes alçados à Série C neste ano. Mas é preciso ficar atento aos sinais da competição. Mostrei em um post no início deste ano qual foi a média de idade dos quatro clubes que subiram em 2017 e em 2018 da quarta para a terceira divisão.

O Brasiliense está diante de uma possibilidade histórica. O clube fundado em 2000 pode ser campeão de três das quatro divisões em disputa no Campeonato Brasileiro. Faturou a Série C em 2002 e a B em 2004. Foi vice-campeão da Copa do Brasil em 2002 e semifinalista em 2007. A trajetória é bela, mas é impressionante o quanto o clube investe mal em contratações e nas escolhas de alguns treinadores que passaram recentemente pela Boca do Jacaré.

O outro representante do DF na Série D perdeu quando podia. Aceitável a derrota por 2 x 0 para o Vitória, em Cariacica (ES). Na tese dos 10 pontos, virou obrigação superar a Caldense no próximo sábado, no Augustinho Lima. O campeão candango de 2018 não tem o poder econômico do primo rico Brasiliense, porém, pode surpreender com a chega de bons reforços do Real. Dificilmente subirão dois candango. Um estaria de bom tamanho para um DF que amarga a quarta divisão há seis temporadas consecutivas e perde pontos no ranking da CBF.

Em tempo: recomendo dois trabalhos bacanas sobre a Série D. Um deles é o material produzido pelos repórteres do Correio Braziliense Augusto Fernandes, João Romariz e Mariana Fraga sobre os grupos de Brasiliense e Sobradinho. O outro é o Guia da Série D produzido pela revista Série Z. Basta clicar aqui para dar umas paginadas.

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Marcos Paulo Lima

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