Adenor Leonardo Bachi, o Tite, deseja realizar o sonho de trabalhar em um time europeu. Isso é fato. No entanto, as portas parecem fechadas para ele e o agente Gilmar Veloz a essa altura da temporada no Velho Continente. Logo, há duas alternativas: esperar a próxima janela de transferências ou ficar com um olho no padre e o outro na missa. Assumir a prancheta de um time brasileiro e ficar atento ao mercado do outro lado do oceano.
O Botafogo concilia esses desejos. Assumi-lo representa ter um elenco competitivo, dinheiro para investimento e capaz de abrir o caminho da Europa a Tite e ao filho, Matheus Bachi, na vitrine do Mundial de Clubes da Fifa no meio deste ano, nos Estados Unidos.
Além disso, vale lembrar, o empresário estadunidense John Textor é dono do Lyon e um dos acionistas do Crystal Palace. Ambos os times de primeira divisão na França e na Inglaterra, respectivamente. Logo, a holding pode proporcionar a Tite oportunidades em curto, médio e longo prazo na Ligue 1 ou na Premier League. O treinador tem se dedicado ao aprendizado de idiomas a fim de dar um upgrade no currículo.
Há outras alternativas. Uma delas, óbvia. O nome do técnico é sempre o primeiro da lista nas crises do Corinthians. Não é o caso no momento. O contexto não é esse no momento. O Timão entrou nos trilhos sob o comando do argentino Ramón Diaz. Portanto, essa rota está bloqueada no momento para o técnico mais vitorioso na história do clube.
No litoral paulista, há um clube piscando para Tite. O início do trabalho de Pedro Caixinha no Santos ainda não inspira confiança. O Peixe oscila. É capaz de perder para Velo e São Bernardo, mas fez jogo duro contra o Palmeiras e derrotou o São Paulo de virada.
Neymar e o pai estão empoderados no Santos. Os dois gostam de Tite. Não há interesse da parte deles de derrubar Pedro Caixinha, longe disso. No entanto, não se engane: no primeiro deslize do português, Tite será indicado o preferido para assumir a prancheta.
Há, inclusive, uma isca na comissão técnica. Ex-assistente de Tite, César Sampaio voltou ao Santos como auxiliar técnico fixo após receber o convite do CEO Pedro Martins. O ex-volante não faz mais parte do estafe de Tite, porém a amizade continua intacta. O técnico dificilmente rejeitaria o convite de Neymar, César Sampaio e do cartola Marcelo Teixeira. Os indicativos da montagem de um plantel forte continuam.
Pesa a favor do Botafogo e do Santos o litoral. Rosmari, esposa de Tite, ama o Rio de Janeiro, onde Tite estabeleceu residência fixa justamente a pedido dela depois dos seis anos e meio de trabalho na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde fica a sede da CBF. Convencê-la a morar em Santos seria menos difícil. O alvinegro também fica em uma região praiana.
Uma quarta possibilidade é assumir uma seleção para a Copa do Mundo ou um time do mercado árabe, onde Tite tem mercado aberto. Ele trabalhou no Al Ain dos Emirados Árabes Unidos e passou pelo Al-Whada na Arábia Saudita. O nome dele esteve cotado para assumir a Arábia Saudita no ano passado, mas o francês Hervé Renard chegou na frente.
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