Protagonista de um erro inadmissível ao expulsar o zagueiro Dedé injustamente após consultar o Árbitro de Vídeo (VAR) na derrota do Cruzeiro por 2 x 0 para o Boca Juniors no confronto de ida das quartas de final da Libertadores, o juiz Eber Aquino já fez lambança até numa decisão de Campeonato Paraguaio. Colegas de lá com quem conversei depois da partida o definem como “árbitro desastroso”, outros como “péssimo árbitro”.
Em 2015, Olimpia e Cerro Porteño fecharam o Torneio Clausura empatados em número de pontos (44 x 44). O regulamento previa a necessidade de um jogo extra para apontar o campeão. O clássico foi disputado no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, com arbitragem de Eber Aquino.
O Olimpia venceu a decisão por 2 x 1, mas um lance polêmico é lembrado até hoje. Fidencio Oviedo, do Cerro Porteño, evitou um gol do adversário Miguel Paniagua esticando descaradamente o braço esquerdo. Em vez de marcar pênalti claro favorável ao Olimpia e dar cartão vermelho para Oviedo, Eber Aquino consultou o assistente Roberto Cañete e apontou escanteio. Houve revolta generalizada dos jogadores do Olimpia. No fim das contas, quem deveria ser beneficiado pelo lance acabou prejudicado. Aquino expulsou Hugo Marecos no segundo tempo.
Em abril deste ano, o árbitro teve uma atuação desastrosa no empate sem gols entre Cerro Porteño e o modesto Deportivo Santaní, pelo Campeonato Paraguaio. O juiz chegou a assumir os erros e a pedir desculpas, mas o o presidente do Santaní recusou-se a aceitar.
Apesar do erro absurdo, Eber Aquino é um dos mais solicitados para media o clássico paraguaio. No mês passado, apitou o duelo entre Olimpia e Cerro Porteño pela quarta vez na carreira. Árbitro Fifa desde 2016, coleciona oito trabalhos na Libertadores, seis nesta edição e duas no ano passado; e mediou 10 confrontos da Copa Sul-Americana em 2016, 2017 e 2018.
Os desdobramentos da péssima arbitragem de Eber Aquino na derrota do Cruzeiro serão tomados por um brasileiro. Wilson Luiz Seneme é o presidente da Comissão de Arbitragem da Conmebol.
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