BRB Verba para o futebol candango foi firmada no último dia 6 no BRB. Foto: Ascom/SEL Verba para o futebol candango foi firmada no último dia 6 no BRB. Foto: Ascom/SEL

Após parceria com Flamengo, Banco de Brasília libera R$ 6 milhões para investimento da Secretaria de Esporte no futebol do Distrito Federal

Publicado em Esporte

O Banco de Brasília consolidou na tarde desta segunda-feira o plano de recuperação do futebol no Distrito Federal. Uma verba de R$ 6 milhões será dividida entre os representantes da cidade na Série D do Campeonato Brasileiro, participantes no Candangão, equipes femininas e de futebol amador. A receita compreenderá o período de 2020 a 2022, ou seja, até o fim deste mandato do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

“Agora, vamos organizar a divisão justa desse valor. Todos ficaram muito felizes. O futebol do Distrito Federal não tinha nada e agora tem R$ 6 milhões”, comemorou a secretária de Esporte e Lazer do Distrifo Federal, Celina Leão. A deputada federal licenciada intermediou as negociações e esteve na sede do BRB nesta tarde.

Apesar do reforço ao caixa dos clubes, o valor é cinco vezes menor do que o mínimo que o Flamengo receberá pela parceria com a instituição estatal, De acordo com o presidente do clube, Rodolfo Landim, a tendência é que o time receba no mínimo R$ 32 milhões por ano.

A tendência é que Gama e Brasiliense ganhem a maior fatia do dinheiro público. Ambos representarão a cidade neste ano na Série D do Campeonato Brasileiro. Em princípio, a proposta é de que cada um receba R$ 600 mil para a quarta divisão de 2020. Os clubes que participarão do Candangão nas edições de 2021 e 2022, as equipes de futebol feminino que representam a cidade nas duas principais divisões do futebol nacional e, por último, as equipes amadoras da capital também serão contempladas pelo benefício. Outra possibilidade é o Candangão do ano que vem se chamar Candangão BRB 2021, uma ideia antiga do diretor de competições Márcio Coutinho, o Careca.

Como mostrou o blog no post anterior, a reunião na sede do BRB começou com uma surpresa. O presidente do Gama, Weber Magalhães, avisou que não participaria da reunião por causa de uma rusga com o arquirrival Brasiliense. Negou-se a participar do encontro e deixou a secretária Celina Leão e o presidente da Federação do DF, Daniel Vasconcelos, como representantes.

Dos 12 clubes da elite do futebol do Distrito Federal nesta temporada, cinco toparam acordo com o BRB para a disputa do Candangão: Capital, Taguatinga, Paranoá, Luziânia e Unaí, ex-Paracatu. Cada clube ganha R$ 6 mil por jogo. A contrapartida é usar a logomarca na camisa e colocar placas de publicidade à beira do campo. O atual campeão Gama, o vice Brasiliense, Real Brasília, Sobradinho, Formosa, Ceilândia e Ceilandense abriram mão da verba por considerá-la irrisória.

O movimento por mais investimento para o futebol do Distrito Federal começou com a organização de um protesto da torcida organizada Ira Jovem do Gama. Indignada com o apoio do banco estatal do DF ao Flamengo, a uniformizada faria um manifesto em frente ao BRB. O protesto ganhou força, mais adeptos e repercussão nacional. Preocupado com os efeitos do protesto, o governador Ibaneis Rocha delegou à secretária de Esporte Celina Leão a missão de abrir diálogo com os descontentes e traçar um plano que atendesse as demandas do futebol do Distrito Federal.

 

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