A abertura da sexta rodada do Campeonato Brasileiro expôs na vitrine neste sábado dois modelos de camisa 10: aquele à moda antiga, responsável pelas bolas paradas, impecável nas cobranças e com o time orbitando em torno dele, e a versão moderna, com extrema mobilidade.
O meia Alan Patrick foi impecável na vitória do Internacional contra o Juventude por 3 x 1, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Ele é o centro das atenções do time de Roger Machado. O ritmista da banda colorada. Impressionante o talento e a fase dele para colocar a bola onde quer. Principalmente quando aparece um adversário com marcação amadora como o Juventude.
Sorte de quem aproveita as assistências do camisa 10. O zagueiro Vitor Gabriel foi servido duas vezes e não desperdiçou. O centroavante Coombiano Rafael Borré também tirou proveito.
Alan Patrick teria de ser convocado se os duelos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias fossem nesta semana. Ah, mas ele tem 33 anos! E daí? Qual jogador brasileiro está comendo a bola como ele em um setor tão fundamental?
O venezuelano Savarino é uma outra espécie de camisa 10. Ao contrário de Alan Patrick, craque do Botafogo é um condutor da bola. Em algumas vezes, arranca com extrema habilidade, atrai os marcadores, abre espaço para os companheiros e faz gol. Foi dele o da vitória no clássico contra o Fluminense, por 2 x 0, no Nilton Santos. Por isso deu tão certo a combinação entre Savarino e Thiago Almada na temporada passada. Eles se completavam no sistema de Artur Jorge.
Havia outro tipo de camisa 10 em campo no Clássico Vovô. Paulo Henrique Ganso é o último romântico. Um armador na essência jogando em uma rotação diferente do que exige o futebol moderno. Meias como ele são cada vez msis agulha no palheiro justamente por esse motivo. A demanda é cada vez maior por camisas 10 com características de pontas.
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