A merecida vitória do Cruzeiro e a quantidade de jogos de má qualidade na Copa Libertadores

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Marquinhos, carrasco do River na noite celeste em Buenos Aires

Fotos: Anibal Greco/LightPress

Bela vitória do Cruzeiro sobre o River Plate nesta quinta-feira, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, no jogo de ida das quartas de final da Libertadores. Na minha opinião foi um jogo tecnicamente fraco. Aliás, como a maioria nesta pobre Libertadores. Os times se preocupam muito mais em destruir do que em construir, em jogar bola. Talvez, o futebol sul-americano viva a sua pior crise dos últimos tempos. Falta um timaço que seja a referência do continente. Faltam títulos que resgatem o respeito deste lado do Oceano Atlântico. A última conquista na Copa do Mundo é a do Brasil, em 2002. Nas últimas três edições, só deu Europa. Não ganhamos o Mundial de Clubes desde 2012, com o Corinthians. Nas últimas duas, deu Bayern de Munique e Real Madrid.
Crise sul-americana à parte, o Cruzeiro deu um passo enorme para ser o nosso salvador da pátria. Quem sabe até do continente no Mundial de Clubes. Marcelo Oliveira está tendo um trabalhão, mas mostra competência no trabalho de reconstrução de um time que perdeu Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Marcelo Moreno. A obediência tática para suportar a pressão do River Plate foi nota 10. A frieza para soltar o time e aproveitar os espaços deixados pela equipe de Marcelo Gallardo, um trunfo. Marquinhos aproveitou a chance que pintou e decretou a vitória. E olha que o Cruzeiro poderia ter marcado ao menos mais dois gols na minha opinião. Faltou perícia para consolidar ótimos contra-ataques.
Na minha opinião, está pintando um duelo entre Cruzeiro e Inter nas semifinais. Pena que a Conmebol não permita mais uma final entre clubes do mesmo país. A Liga dos Campeões da Europa já teve cinco e poderia ter mais uma se o Real Madrid não tivesse caído diante da Juventus na semifinal. Creio que o Cruzeiro não desperdiçará a vantagem construída nesta quinta-feira. E acredito muito numa virada do Internacional sobre o Santa Fé. Aí estaria confirmado não só um jogão nas semifinais, mas a presença do Brasil na final contra Emelec, Tigres, Racing ou Guaraní. Fácil não está, mas pode ficar.
Marcos Paulo Lima

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