A um mês do sorteio dos grupos da Copa América, em 24 de janeiro, na Cidade das Artes, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, duas seleções ainda procuram técnico. Argentina e Colômbia são comandadas por interinos. Os hermanos procuram comandante desde a demissão de Jorge Sampaoli. Lionel Scaloni é o interino. Arturo Reyes é quem escala a esquadra colombiana depois da saída do argentino José Pekerman.
Anfitrião do torneio em 2019, o Brasil manteve Tite. A missão do treinador é encerrar o jejum de sete ano. O último título foi sob o comando de Dunga, em 2007, na Venezuela. De lá para cá, a seleção não passou das quartas de final em 2011, na Argentina, e no Chile, em 2015. Fez pior ainda na versão centenária de 2016: caiu na fase de grupos nos EUA.
O Uruguai virá ao Brasil sob a batuta do técnico mais estável da América do Sul. Óscar Washington Tabárez ocupa o cargo desde 13 de fevereiro de 2006. Lá se vão 12 anos e 309 dias. O senhor de 71 anos comandou a seleção nas últimas quatro edições do torneio.
Atual bicampeão, o Chile faz parte da turma que entregou a prancheta a técnicos colombianos. Aliás, está na moda. Reinaldo Rueda, ex-Flamengo, tem a responsabilidade de levar o país ao tricampeonato. Na história do torneio, só a Argentina conseguiu, em 1945, 1946 e 1947. Uruguai e Brasil jamais conseguiram a proeza.
O Equador delegou a missão de comandar a seleção a Hernan Darío Gomes. O colombiano é um velho conhecido do pais. Comandou o time de 1999 a 2004. Foi o responsável pelo milagre de 2002, quando o país disputou a Copa do Mundo pela primeira vez. O Paraguai é outro adepto da escola colombiana. Juan Carlos Osorio, ex-São Paulo e México, tentará repetir 1953 e de 1979, quando a seleção guarani faturou a taça.
Outras seleções apostam em estrangeiros. A Bolívia virá ao Brasil guiada pelo venezuelano Cesar Farias. O Peru segue feliz da vida com o argentino Ricardo Gareca, responsável pela volta do país ao Mundial depois de 36 anos sem disputar a Copa do Mundo. Os venezuelanos preferem um santo de casa. O ex-goleiro Rafael Dudamel tem tudo para ser uma da sensações do torneio com uma seleção renovada. No ano passado, o país foi vice-campeão do Mundial Sub-20, na Índia, e tem uma safra promissora.
A Copa América também terá dois convidados. O Japão manteve Hajime Moriyasu no cargo depois de alcançar as oitavas de final do Mundial da Rússia. Anfitrião da Copa de 2022, o Catar surpreendeu nos últimos dois jogos com o técnico Félix Sánchez Bas. Venceu a Suíça por 1 x 0 e empatou por 2 x 2 com a Islândia na última data Fifa do ano. Antes, derrotou o Equador por 4 x 3, em Doha, numa prévia do que virá pela frente na Copa América.