O presidente da 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva, Conceição José Macedo, tomou uma decisão no mínimo polêmica nesta quarta-feira. A três dias da decisão do Candangão, o julgamento da confusão generalizada na partida de volta da semifinal entre Paracatu e Brasiliense, no último dia 7, foi adiada para depois do término da competição.
A sessão estava marcada para hoje, às 19h. No total, 13 jogadores do Brasiliense — adversário do Gama na decisão do título deste sábado, às 16h, no Mané Garrincha — foram denunciados com base nos artigos 254-A e 257 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O Paracatu tem 12 atletas citados no processo. O resultado no tapetão poderia (ou não) ter influência na escalação do Jacaré. Com o adiamento, a punição, se houver, só será aplicada em 2020.
Radamés, Fernandes, Erick Flores, Gabriel Arantes, Romano, Lúcio, Welton Felipe, Wallace, Emerson, Peninha, Vitor Mariano, Reinaldo e Mirandinha arriscavam ficar fora da decisão de sábado. Com a reviravolta desta quarta, estão livres para serem relacionados.
A Certidão publicada pelo TJD no site da Federação de Futebol do Distrito Federal diz apenas “o julgamento foi adiado foi adiado a requerimento das partes e conforme despacho juntando nos autos” e informa que haverá publicação de edital informando nova data para a sessão. Além do quebra-pau entre Paracatu e Brasiliense, o julgamento de Felipe Cirne, do Real, relativo ao duelo com o Gama pela semifinal, está pendente.
Questionado pelo blog sobre a decisão tomada a três dias da final do Candangão, o presidente do TJD, Alberto Goes, defendeu a 1ª Comissão. “Vocês da imprensa têm o direito de achar o que quiserem. O que importa é que está dentro da legalidade. Se teve pedido para adiar, o auditor, relator juntamente com a comissão têm liberdade para adiar ou não a sessão. Eu não tenho ingerência nenhuma nas comissões”.
Alberto Goes admitiu que o julgamento só acontecerá depois da final do Candangão e voltou a blindar seus pares. “O que eu posso dizer é que o Tribunal pauta a legalidade. O achismo sem prova e nada é a mesma coisa. Quando o presidente da comissão cancelou, ele pensou o que vocês (imprensa) deveriam pensar. A gente sabe como funciona o futebol. O que importa é que o ato está dentro da legalidade. Está tudo certo, não tem nada errado”, disse.