CBNFOT010920161409 A reação do sexto colocado Brasil começou contra o Equador em 2016. Foto: Pedro Martins/Mowa Press. A reação do sexto colocado Brasil começou contra o Equador nas Eliminatórias de 2018. Foto: Pedro Martins/Mowa Press.

A Seleção e os históricos recomeços contra o Equador nas Eliminatórias

Publicado em Esporte

Lá está a Seleção Brasileira novamente recomeçando trabalho contra o Equador em uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Parece até sina. Em 1993, Carlos Alberto Parreira tentava colocar ordem na casa depois da saída de Paulo Roberto Falcão após o vice na Copa América disputada no Chile. Em 2016, Tite assumiu o rombo deixado por Dunga e estreou com autoridade justamente diante do Equador. Situações diferentes, adversário idêntico, responsabilidades semelhantes. 

 

O Brasil estreou nas Eliminatórias para a Copa de 1994 em um ciclo confuso. Sebastião Lazaroni foi demitido depois da eliminação contra a Argentina nas oitavas de final do Mundial da Itália. Recém-eleito presidente da CBF, Ricardo Teixeira delegou a prancheta a Paulo Roberto Falcão. Foram 313 dias de trabalho. O técnico comandou o Brasil em 16 jogos. Venceu seis, empatou sete e perdeu três. Falcão deu início ao processo de renovação, mas o resultado não foi bem digerido pelos cartolas e ele perdeu o emprego. 

 

Carlos Alberto Parreira assumiu a prancheta. Antes, porém, Ernesto Paulo, treinador da Seleção sub-20 e Pré-Olímpica, comandou o Brasil na derrota por 1 x 0 para o País de Gales em um amistoso disputado em Cardiff. Parreira assumiu no amistoso seguinte e teve 23 jogos para dar uma cara ao Brasil para as Eliminatórias. Não sem antes amargar um fracasso na Copa América de 1993. O Brasil foi eliminado nos pênaltis por 6 x 5 pela Argentina depois do empate por 1 x 1 no tempo regulamentar nas quartas de final.

 

O Brasil estreou nas Eliminatórias contra o Equador. Empatou por 0 x 0 em Guayaquil. Mais da metade da escalação levou o Brasil ao tetra nos Estados Unidos: Taffarel, Jorginho, Márcio Santos, Branco, Mauro Silva, Dunga, Raí, Zinho e Bebeto participaram daquele jogo. Válber, Luis Henrique, Careca e Evair ficaram pelo caminho durante a campanha. 

 

 

Em 2016, o Brasil vinha de fracassos em duas edições da Copa América. Ambas sob o comando de Dunga. Foi eliminado nas quartas de final pelo Paraguai em 2015, no Chile, e deu adeus ao torneio na fase de grupos na edição centenária da Copa América em 2016. A crise havia atingido o auge devido ao sexto lugar nas Eliminatórias para a Copa de 2018. 

 

Dunga deu lugar a Tite. O sucessor iniciou o trabalho justamente contra o Equador na altitude de Quito. O jovem atacante do Palmeiras Gabriel Jesus brilhou com dois gols na vitória por 3 x 0 e a Seleção começou a entrar nos trilhos rumo à Copa da Rússia.  

 

O Brasil enfrenta o Equador nesta sexta-feira no Couto Pereira, em Curitiba, em mais uma tentativa de recomeço. Em dois anos, a Seleção teve dois treinadores interinos: Ramon Menezes e Fernando Diniz. Assim como Parreira e Dunga, o atual técnico Dorival Júnior vem de fracasso na Copa América. O tempo é escasso para achar o time para a Copa de 2026. Faltando menos de dois anos para o torneio no Canadá, EUA e México, a areia da ampulheta desce rapidamente e alguém terá de pagar caro por isso. O Equador é mais uma vez o pedágio da Seleção Brasileira para mais um recomeço. 

 

 

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