A estrela de Deyverson e a eliminação de um campeão divorciado da bola

Compartilhe

Deyverson tem cinco gols em cinco participações na Libertadores. Três deles decisivos. Dois na vitória do Atlético-MG por 2 x 0 contra o Fluminense na partida de volta das quartas de final. O atual campeão cai jogando um futebol avesso ao legado de Fernando Diniz. O time do ano passado vendia caro as derrotas. Tinha capacidade de se reinventar sob pressão. O tricolor de Mano Menezes foi covarde na Arena MRV, em Belo Horizonte. Merece a despedida.

Melhor jogador do Fluminense, o goleiro Fábio reclama de uma possível falta de Martinelli no lance do segundo gol. Ele deveria reclamar do plano de jogo. A posse de bola é inadmissível. O Galo terminou a partida com 66% contra 34% do adversário. Na ida, o tricolor registrou 51%, ou seja, não abriu mão do jogo. O resultado foi um Atlético dominante do início ao fim enquanto o experiente Fábio empilhava milagres.

O goleiro defendeu pênalti de Hulk, esticou-se para evitar finalização do lateral Guilherme Arana, foi salvo pela trave e a má pontaria do ataque alvinegro em alguns lances, porém não escapou da letalidade do centroavante Deyverson.

Gabriel Milito pensou rapidamente ao perder Bernard. Mandou o jogador mais iluminado do banco de reservas entrar em campo. Deyverson estava pilhado antes de subir a placa da alteração. Olhou para a torcida e incendiou a massa.

Os desperdícios no primeiro tempo acabaram rapidamente no início da etapa final. As bolas passavam na frente do gol e faltava alguém minimamente capaz de empurrá-la para a rede. Deyverson assumiu a responsabilidade. Gustavo Scarpa encontrou a referência no ataque com um cruzamento perfeito na cabeça de quem sabe finalizar assim. Venceu a disputa com o zagueiro Thiago Silva e colocou a bola no ângulo de Fábio.

A entrada de Deyverson interferiu no posicionamento de Hulk. Ele passou de flecha a arco. Deixou o papel de par do Paulinho para incomodar fora da área. O ídolo serve Deyverson no gol da classificação e o camisa 9 outra conclui outra vez com oportunismo.

Interessante a entrevista de Marcelo depois da partida. O lateral-esquerdo estava insatisfeito por ter iniciado uma partida desse tamanho sentado no banco de reservas. “É difícil falar porque entrei no segundo tempo, dentro de campo é diferente de quem está fora. Acredito que eles foram merecedores, fizeram mais do que a gente. Lição para a reta final da temporada porque precisamos sair dessa situação (Z4 no Brasileirão).

Twitter: @marcospaulolima

Instagram: @marcospaulolimadf

TikTok: @marcospaulolimadf

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Técnica brasiliense Camilla Orlando ganha Candangão e Paulistão em 11 meses

Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…

1 dia atrás
  • Esporte

A fartura de talento da França e a precisão na “bola parada” contra a Itália

Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…

4 dias atrás
  • Esporte

Santos volta com taça do purgatório pelo qual passaram potências europeias

O Santos não deve se ufanar de ter conquistado a Série B do Campeonato Brasileiro,…

5 dias atrás
  • Esporte

Candangão 2025 terá “boom” de sociedades anônimas do futebol na elite

O Candangão terá um boom de SAF’s em 2025. Dos 10 clubes candidatos ao título…

5 dias atrás
  • Esporte

Pacote do GDF prevê R$ 2,3 milhões para obras no gramado de 4 estádios

No que depender do investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) na manutenção dos gramados…

7 dias atrás
  • Esporte

Venezuela 1 x 1 Brasil: a melhor notícia é o cobrador de falta Raphinha

A melhor notícia do empate do Brasil por 1 x 1 com a Venezuela é…

7 dias atrás