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A culpa de John Textor na terrível estreia do Botafogo na Libertadores

Publicado em Esporte

Arthuro Reyes não tem nada de bobo. O técnico do Junior Barranquilla na vitória por 3 x 1 contra o Botafogo na primeira rodada da fase de grupos da Libertadores treinou o astro do Liverpool, Luis Díaz, no Barranquilla FC — uma filial da matriz. Encantado, indicou o xodó ao então comandante do Júnior Barranquilla, Julio Comesaña. Também foi o primeiro treinador a escalar Luís Díaz como titular seleção principal da Colômbia. 

 

A introdução é para deixar claro que a exibição do Junior Barranquilla não é aleatória. Olhar isoladamente para o sexto lugar do adversário no Torneo Apertura do Campeonato Colombiano é temerário. Uma velha mania de quem usa a posição na tabela para definir o potencial de um time. Arthuro Reyes sabe montar equipes com perfil competitivo. Levou a Colômbia às quartas de final do Mundial Sub-20, em 2017.

 

John Textor cometeu mais um erro grave no papel de gestor do Botafogo. O time precisava ter um técnico efetivo na estreia na Libertadores. O único dos 12 times mais tradicionais do país sem o título continental no currículo entrou em campo sem treinador há 41 dias! Um absurdo. Desrespeito com o torcedor alvinegro. Arthur Jorge chegou ao Rio e correu para o aeroporto a fim de assistir ao  jogo da tribuna de honra, ao lado do patrão. Uma síntese da desorganização. 

 

Portanto, a derrota do Botafogo na estreia está na conta da irresponsabilidade de John Textor na escolha do treinador. A indecisão custou caro no ano passado. Fez o time jogar tempo fora, custou resultados e a perda do título nacional. Dessa vez, criou um anticlímax no estádio Nilton Santos no retorno do clube à Libertadores. 

 

Enquanto o sarrafo da Libertadores subia, Textor não agia com a celeridade necessária para dar ao sucessor de Tiago Nunes o tempo necessário para dar uma cara ao time antes da abertura da fase de grupos. A Taça Rio seria um período importante para isso. Resultado: o Botafogo foi uma bagunça contra o Junior Barranquilla. Derrota merecida e três pontos jogados fora onde não deveria: no tapetinho. Por falar nisso, reclamamos horrores da altitude, não é mesmo? O time colombiano foi ao Rio e venceu com certa facilidade em um gramado sintético. 

 

 

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