Quem já tentou de quase tudo neste ciclo em busca de um camisa 9 para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026 no Canadá, Estados Unidos e México, não pode abrir mão de pelo menos testar Yuri Alberto nem que seja em um período de treinos nas Eliminatórias. Antes de tudo, é preciso entender a dinâmica do atacante do Corinthians para não queimá-lo.
Apenas o técnico interino Ramon Menezes convocou Yuri Alberto. Chamou porque o conhecia das categorias de base da própria Seleção. Tinha referências e o colocou em campo justamente com a camisa 9 na derrota para Marrocos por 2 x 1 no amistoso disputado em março de 2023.
Os sucessores Fernando Diniz e Dorival Júnior não deram sequência por um motivo simples: o vício de jogar com dois pontas abertos e um autêntico ou falso nove. As melhores fases de Yuri Alberto no Corinthians foram com parceiros de ataque — as abolidas duplas. Róger Guedes, e agora Memphis Depay. Tite, Diniz e Dorival engessaram o Brasil com três atacantes. Não há quem ouse uma dupla como Muller e Careca (1986 e 1990), Bebeto e Romário (1994) ou Rivaldo e Ronaldo (2002).
Olhamos para o futebol brasileiro e dizemos: “Falta um nove”. Temos, mas sentimos vergonha deles porque os comparamos com o que ostentamos nas últimas Copas. Careca (1986 e 1990), Romário (1994), Ronaldo (1998, 2002 e 2006), Luis Fabiano (2010), Fred (2014), Gabriel Jesus (2018) e Richarlison (2022). Ok, mas por que não testar Yuri Alberto?
Yuri Alberto tem predicados para ser chamado em março para os duelos contra a Colômbia e Argentina pelas Eliminatórias. Nem que seja como opção no banco de reservas. Difícil acreditar nisso se continuarmos amarrados a um único sistema de jogo com dois pontas e um nove.
O Corinthians só emplacou o goleador do Campeonato Brasileiro uma vez: Jô dividiu a artilharia com Henrique Dourado (Fluminense) em 2017. Yuri Alberto pode quebrar esse tabu. Em 2024, divide a liderança com Alerrandro do Vitória. Cada um coleciona 13 bolas na rede. O jovem alvinegro tem 23 anos. O matador do time rubro-negro baiano é um ano mais velho.
O camisa 9 do Corinthians pode terminar o ano como artilheiro do país na soma dos gols marcados no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e/ou Sul-Americana e Estaduais. Lesionado desde setembro, o centroavante raiz Pedro tem 30 gols. Yuri Alberto vem logo atrás com 29. Faltam dois jogos para a conclusão da temporada e ele pode não somente assumir a dianteira como oficializar a candidatura a um cantinho na convocação do Dorival.
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