Festa para o gol de Nenê em São Januário: esperança até a última rodada
1. Amor à camisa
O Vasco pode até não escapar do terceiro rebaixamento em oito anos para a segunda divisão, mas o elenco cruz-maltino é um exemplo de luta, de perseverança, de fé. Chegar à última rodada com chance de evitar a queda é um milagre depois de tudo o que aconteceu na ao longo desta Série A. O Vasco foi dado como rebaixado quando atolou nos 13 pontos. Lembram? Vencer o Coritiba e torcer para que o Figueirense perca para o Fluminense e o Avaí seja derrotado pelo Corinthians é uma missão complicada. Afinal, nunca antes na história dos pontos corridos um time escapou da degola na última rodada dependendo de três resultados — o próprio e mais dois. Botafogo (2009) e Goiás (2007) escaparam, mas precisavam de no máximo duas combinações de resultado para permanecer na primeira divisão.
2. Desrespeito à camisa
Na contramão do Vasco está o elenco do Flamengo. O técnico Jayme de Almeida tem toda a razão de detonar o elenco rubro-negro depois da goleada por 3 x 0 sofrida diante do Atlético-PR. A diretoria rubro-negra precisa aprender com Dunga. Não adianta pagar dívidas, manter os salários em dia e ter um elenco sem comprometimento. Ao contrário do time cruz-maltino, o atual elenco do Flamengo merecia cair. Preguiço, limitou-se a jogar seis partidas nesta Série A. E justamente por causa daquela sequência no início do returno se acomodou. O Flamengo jogou o suficiente para não cair. A declaração de Jayme é uma síntese do que foi a pífia campanha. “Foi impressionante a falta de interesse e respeito com a camisa do Flamengo. Não é vergonha perder para o Atlético-PR, mas a forma que perdemos foi muito feia. O que podemos fazer é pedir desculpa ao nosso torcedor”.
3. Respeito ao campeonato
Parabéns ao Fluminense pelo comportamento no empate por 1 x 1 com o Internacional. O tricolor não tem mais nada em jogo nas últimas rodadas, mas jogou sério contra o colorado no Maracanã. Sinceramente não sei se o empenho será o mesmo diante do Figueirense para dar uma forcinha ao Vasco. Afinal, Eurico Miranda provocou e muito o arquirrival neste ano por causa de questões patéticas, como o lado destinado a tricolor e cruz-maltinos no Maracanã. Além disso, infernizou a vida da dupla Fla-Flu e jogou a Federação Carioca conta os dois clubes. Eurico Miranda cobra na última rodada jogando na cara que ajudou o Fluminense a passar direto da Série C para a A na virada de 1999 para 2000. Situação delicada. Em outro caso, entendo a preocupação do Santos e do Palmeiras com a final da Copa do Brasil, mas, na minha opinião, ambos desrespeitaram o campeonato ao escalarem times reservas no fim de semana.
4. Juro que não consigo entender
Emocionante a virada do São Paulo no sábado na vitória por 3 x 2 sobre o Figueirense, no Morumbi. Emocionante o gol de Luis Fabiano em sua despedida do estádio. Frustrante a atitude tanto do São Paulo quanto do Fabuloso em relação a última rodada. Como pode um clube que briga por vaga para a Libertadores — e está no G-4 — abrir mão de contar com um dos maiores goleadores de sua história na partida do próximo domingo contra o Goiás, no Estádio Serra Dourada? Luis Fabiano teria pedido para se despedir do clube no Morumbi e não em Goiânia. Ele deve ter seus motivos, mas se ama, mesmo, o São Paulo, deveria ajudar o clube até o capítulo final de uma campanha tão tumultuada. Luis Fabiano seria peça-chave no confronto que pode selar a presença do time no principal torneio das Américas.
5. Valor ao vice
Uma das lições da era dos pontos corridos é a valorização do segundo lugar. Além de vaga para a Libertadores e de uma boa grana no bolso, o vice-campeonato significa autoestima para um elenco que lutou bravamente para acompanhar o ritmo de um timão como o do hexacampeão brasileiro Corinthians. Parabéns ao Grêmio e ao Atlético-MG pela bela partida na Arena. O tricolor jogou como se estivesse valendo título e mereceu o triunfo. Quanto ao Galo, lamento que a diretoria tenha dispensado Levir Culpi a duas rodadas do fim do campeonato. O cara que fez um belíssimo trabalho depois da saída de Cuca não merecia isso. O vice do Galo corre risco.
6. Esse time promete
Tomara que seja blefe a tal proposta do futebol chinês pelo técnico Mano Menezes. O lugar dele ainda é aqui, no Brasil. Afinal, investiu pesado em reciclagem no ano sabático e só deveria sair do país se for para trabalhar na Europa. Mano faz um excelente trabalho à frente do Cruzeiro. Lá se vão 13 partidas de invencibilidade. O treinador pegou um elenco desacreditado, praticamente condenado ao rebaixamento, e o fez sonhar com uma vaga para a Libertadores. Se a Raposa não conseguiu, é culpa da diretoria. A cúpula preferiu perder tempo com o veterano Vanderlei Luxemburgo. Este, sim, merece estar exilado no futebol chinês. Se Mano permanecer e fizer os ajustes necessários no elenco, o Cruzeiro vai brilhar em 2016.
7. O espetacular Ceará
Sensacional o jogo da permanência do Ceará na Série B do Campeonato Brasileiro. Que festa no Estádio Castelão. Ceará 1 x 0 Macaé. Reação espetacular do Vozão. Que figura o técnico Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi — El Loco Lisca, que conseguiu 81% de aproveitamento nos 9 jogos em que comandou o time. Para quem não está entendendo a dimensão do feito, o clube passou 31 das 38 rodadas na zona de rebaixamento para a Série C, oito delas na lanterna, e acaba de escapar da queda. Heroico!
8. Melhores do mundo
Na minha humilde opinião, Lionel Messi, Neymar Júnior e Luis Suárez deveriam ser os indicados ao prêmio de melhor jogador do mundo em 2015. A ordem dos vencedores deveria, inclusive, ser a mesma desta nota. Mas ouso dizer que Neymar ou Suárez ficaram fora da lista por causa do Cristiano Ronaldo. O midiático português não fez a temporada dos sonhos e sabe disso, mas o marketing dele é pesado e renderá votos suficientes para leva-lo à Suíça em 11 de janeiro. Messi é o favorito, mas ouso dizer que não seria nenhum absurdo Neymar receber o prêmio. O craque foi artilheiro da Liga dos Campeões da Europa na temporada de 2014/2015 ao lado justamente de Messi e de CR7 e lidera a lista de goleadores do Campeonato Espanhol à frente dois. Sem contar aquele gol mágico e o protagonismo enquanto Messi esteve fora.
9. Disparados
Tá achando o Campeonato Brasileiro sem graça na reta final? Olha a situação do Alemão e do Francês na metade da temporada: o Bayern de Munique lidera a Bundesliga com 40 pontos, oito à frente do Borussia Dortmund. Na Ligue 1, o Paris Saint-Germain contabiliza 41 pontos contra 28 do vice, Caen. Ao que parece, só temos um campeonato na Itália, na Espanha, na Inglaterra, na Holanda e em Portugal. Um prato cheio para quem ama aquele interminável discussão entre defensores do mata-mata e dos pontos corridos.
10. Futebol candango
Enquanto o Brasília pensa em contratações de peso como a do meia Renato Abreu, como publicou este blog, e o Gama negocia uma parceria com um grupo italiano, estou impressionado com a lentidão do Brasiliense. A essa altura da pré-temporada, o Jacaré estaria ralando para brigar pelo título. Novos tempos! Isso é muito ruim para o clube e principalmente para o campeonato. O Estádio Serejão, por exemplo, palco da conquista da vaga para a Série B em 2004 e do vice na Copa do Brasil de 2002 está largado às moscas. Lamentável…
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