Gremio Líder ao fim da quarta rodada, o Grêmio não é campeão desde 1996. Foto: Divulgação/Grêmio

10 pitacos sobre o futebol candango, brasileiro e internacional no fim de semana da bola

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1. Continuidade
A quarta rodada do Campeonato Brasileiro termina com uma coincidência no G-4. Dos quatro integrantes do pelotão de elite, três começaram a Série A com o mesmo técnico do ano passado: Grêmio (Roger Machado), Inter (Argel Fucks) e Corinthians (Tite). A exceção é o Santa Cruz. O time coral subiu com Marcelo Martelotte e agora é liderada por Milton Mendes.

 

2. Gre-Nal
Líder do Campeonato Brasileiro no saldo de gols à frente do arquirrival Inter, o Grêmio faz da defesa um dos seus trunfos na boa arrancada na Série A. O tricolor gaúcho é o primeiro time na era dos pontos corridos a chegar à quarta rodada sem sofrer gol. Santos (2006), Corinthians e São Paulo (2007), Cruzeiro (2008), Inter (2009) Ceará (2010), São Paulo (2011), Atlético-MG (2012), Corinthians e Santos 2014) e Goiás (2015) sofreram apenas um até a quarta rodada. O Grêmio fez seis gols e não sofreu nenhum até agora. O Inter tem saldo quatro.

 

3. Muito além da Série A
Grêmio e Inter lideram o Campeonato Brasileiro, mas o Brasil de Pelotas está em quarto lugar na Série B, na zona de classificação para a primeira divisão. O Juventude lidera a Série C e o Ypiranga, de Erechim, é o quarto na terceira divisão.

 

4. Do gol de placa ao gol contra
Foi bem, muito bem, o técnico interino do Flamengo, Zé Ricardo, na vitória por 2 x 1 sobre a Ponte Preta, em Campinas. Foi mal, muito mal, o presidente Eduardo Bandeira de Mello ao fazer gestos obcenos para parte da torcida que protestada contra o time no Moisés Lucarelli. O mandatário rubro-negro fez um gol de placa ao desistir de ser o chefe da delegação da Seleção na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, e um baita gol contra neste domingo.

 

5. Clássico Vovô
Impressionante o poder de decisão do Fred em duelos com o Botafogo. Não balançava a rede do Glorioso há dois jogos, mas desencantou em Volta Redonda. Foi o 14º dele diante do time de General Severiano. Levir Culpi. A lamentar, o público pagante no Estádio Raulino de Oliveira: 2.860. Numa boa, isso não é plateia de Série A. Muito menos de um Clássico Vovô.

 

6. Choque Rei
Quanto ao triunfo do São Paulo sobre o Palmeiras, apenas uma observação: é inaceitável que o Dunga não dê ao menos uma oportunidade ao Ganso na Copa América Centenário, momento exato para as observações. Ganso vive a sua melhor fase sob a batuta de Edgardo Bauza. Na minha opinião, a briga alviverde pelo título vai depender muito do gerenciamento do vestiário. Cuca fez críticas ao Dudu, mas o atacante diz não ter entendido os motivos. Quem já trabalhou com Cuca conta que ele tem cara de anjo, mas se transforma no vestiário e volta e meia arruma problema de relacionamento nos elencos por onde passa. Dudu pode ser um deles.

 

7. Fair Play
A Fifa ainda acredita em um código de ética entre times, jogadores, quando o assunto é fair play, mas, sinceramente, eu acho que não dá mais. Compreendo a revolta do técnico português Paulo Bento, condeno o bate-boca entre ele e Givanildo de Oliveira depois do empate por 1 x 1 no sábado, mas defendo que a Fifa normatize o fair play. Que haja uma punição no jogo a quem não cumpri-lo a partir do momento em que um dos times respeita o código. Esse tema tem sido recorrente em vários torneios pelo mundo e a entidade máxima do futebol finge que não vê.

 

8. Nenê
Ricardo Oliveira é convocado. Kaká é convocado. Por que não o Nenê, coerente Dunga? O meia voltou a arrebentar na vitória por 4 x 3 sobre o Bahia. E eu continuo dizendo que, pelo andar da carrugagem, o Vasco vai ser campeão invicto da Série B. É o time a ser batido. Mas ainda não apareceu alguém capaz de derrotar o time do Jorginho.

 

9. Gama
Foi na quinta-feira, mas ainda dá tempo de elogiar o milagre alviverde. O futebol candango não vencia há 11 jogos na Copa do Brasil, desde 2014. O Gama quebrou o jejum ao derrotar o América-RN no jogo de ida do mata-mata nacional. O DF acumulava 11 eliminações consecutivas no torneio. A última classificação havia sido em 2011, quando o Brasiliense despachou o Águia, de Marabá. Caiu o tabu. Apesar da derrota por 3 x 2 para o América-RN, o Gama está na segunda fase. O calendário do recordista de títulos candangos é bizarro. Sem vaga para nenhuma divisão do Brasileirão, treina, treina, treina para jogos da Copa do Brasil.

 

10. Rea11 Madrid
Não gostei da final deste ano da LIga dos Campeões. Barcelona e Juventus protagonizaram uma partida bem mais técnica no ano passado. Mas valeu pelo suspense. Real Madrid e Atlético de Madrid empurraram o suspense até as últimas consequências e quem foi mais competente na decisão por pênaltis levou. O 11º título do Real Madrid deixa o time hegemônico tanto na Copa dos Campeões quanto na era da Champions League, a contar de 1992/1993. É um baita clube. Quanto a Diego Simeone, concordo com ele. É hora de deixar o Atlético de Madri nas mãos do Jorge Sampaoli (palpite). E de assumir a Internazionale, da Itália. Um senhor desafio.

 

Acréscimo…
Parabéns ao Lanús, bicampeão argentino. Levou a taça em 2007, no Apertura, e neste domingo ao golear o San Lorenzo por 4 x 0. Lembram do Pablo Mouche, que não deu certo no Palmeiras? Foi campeão sob a batuta do técnico Jorge Almirón. Olho nessa turma para a Libertadores 2017.