Chile Chile: bicampeão da Copa América, duas vezes nos pênaltis contra a Argentina. Carlos Parra/Comunicaciones ANFP

10 pitacos sobre futebol candango, brasileiro e internacional no fim de semana da bola

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  1. Procura no YouTube

Era criancinha, mas lembro bem do dia em que três gênios da bola perderam cobranças de pênalti no mesmo jogo, no mesmo dia, nas quartas de final de uma Copa do Mundo: Zico (errou no tempo normal e acertou na decisão por pênaltis), Sócrates e Michel Platini em 1986. Aconteceu com três fora de série no mesmo dia. Não é a primeira vez que Messi falhou em um momento decisivo. Rolou também na semifinal da Liga dos Campeões da Europa de 2012. Messi perdeu um pênalti no Camp Nou e o Chelsea atropelou por 2 x 1. Messi incorporou Roberto Baggio na final da Copa América Centenário contra o Chile, mas deve seguir o exemplo do italiano, ou seja, não desistir. Baggio voltou à Copa de 1998, acertou sua cobrança de pênalti em outra decisão por pênaltis, contra a França, nas quartas de final. Não foi campeão, mas a vida seguiu. Messi está longe de ser o único culpado. A Argentina tem excelentes treinadores, mas tenho a impressão de que o melhor nem sempre está à frente da seleção. O melhor, na minha opinião, é Jorge Sampaoli, que fechou com o Sevilla. Ou Diego Simeone, que deve passar mais uma temporada no Atlético de Madrid. A culpa é, ainda, de Higuaín. Um atacante de alto nível não se pode perder três gols em três finais consecutivas.

 

  1. Modelo

O toque de bola do Chile, principalmente no segundo tempo, encheu os olhos. Os bicampeões continentais colocaram os medalhões da Argentina na roda. É o legado de Jorge Sampaoli aliado ao trabalho de um sucessor que não rompeu com os conceitos do compatriota. O Chile é a prova de que, um time muito bem treinado, pode, sim, virar uma grande seleção. La Roja tem bons jogadores, como Vidal e Alexis Sánchez, mas nenhum fora de série. O Chile aprendeu com o legado das últimas três campeãs mundiais. Itália (2006), Espanha (2010) e Alemanha (2014) faturaram o título com um futebol coletivo, sem individualismo. Tite acaba de assumir a Seleção Brasileira no lugar de Dunga. E sabe que o caminho é esse…

 

  1. Eurocopa

Vi muito oba-oba em cima daquela goleada da Espanha sobre a Turquia na primeira fase da Eurocopa. O meu argumento era que o Brasil, do Dunga, também ganhou um amistoso da Turquia pelo mesmo placar. Lembram? Pois é, a decadente Espanha está eliminada pela bem montada Itália de Antonio Conte. Na minha modesta opinião, a Espanha, assim como o Brasil, jogou dois anos de trabalho no lixo. Deveria ter homenageado Vicente del Bosque depois da eliminação na primeira fase da Copa de 2014 e iniciado um novo ciclo. Minha torcida era para que Pep Guardiola assumisse a Espanha, mas isso é politicamente impossível. Aposto que o sucessor de Del Bosque vai ser Unai Emery, que fez um trabalho fantástico no Sevilla. Quanto aos demais classificados, a Alemanha está demais com Draxler e vai enfrentar uma Itália muito organizada taticamente. Portugal nunca esteve com o caminho tão livre para chegar de novo às semifinais — quem sabe à decisão. Gostei da Bélgica, mas é um seleção que treme quanto enfrenta gigantes. Caiu na Copa do Mundo diante da Argentina nas quartas de final e perdeu para a Itália na abertura da Euro. Vai ser um bom duelo contra o País de Gales.

 

  1. Cariocas

Impressionante como o Ricardo Gomes consegue tirar leite de pedra no elenco do Botafogo. A vitória sobre o Internacional, no Beira-Rio, foi mais uma prova da competência do treinador. O alvinegro oscila porque falta elenco, mas time, o Glorioso tem para o maior projeto do ano: ficar na Série A. Se a diretoria tiver paciência com Ricardo Gomes, não vai rola rebaixamento. Quanto ao Fla-Flu, a culpa da derrota é de uma herança maldita do Muricy e de algum gênio da diretoria. Muricy pediu para contratar Fernandinho, aquele que perde a bola no campo de ataque no segundo gol tricolor. Rafael Vaz é obra de algum diretoria rubro-negro que sequer esperou a contratação de um novo treinador para contratar um beque. Rafael Vaz acha que joga demais. Só que não. Ele tinha todo o lado esquerdo para sair jogando e fez a escolha mais arriscada, recuar mal e porcamente a bola para Muralha. Sorte do Richarlison. O candidato a sucessor de Fred mostrou ao menos que é atento, muito esperto.

 

  1. Paulistas

Um dia desses, o Santos publicou uma foto do técnico Dorival Júnior durante um voo. O livro de viagem do treinador é o de Pep Guardiola. Talvez, a inspiração seja responsável pela ascensão do Peixe no Brasileirão. Vitória exemplar sobre o São Paulo no Pacaembu. Muito se fala do gol de falta do Messi na semifinal da Copa América Centenário diante dos EUA, mas a bola na rede de Lucas Lima diante do tricolor também é digna de aplausos. A bola foi no ângulo de Dênis. Por falar no herdeiro de Rogério Ceni, tenho a impressão de que ele não vai ter vida longa no Morumbi. A série de falhas neste ano é muito grande. O crédito tá acabando.

 

  1. Mineiros

Eu vinha falando há um bom tempo aos amigos torcedores do Atlético-MG que a posição do Galo na classificação era enganosa. Bingo! O Galo continua escalando a tabela de classificação e, para mim, tem elenco para brigar pelo título. Um time que tem Robinho, Fred, Dátolo, Lucas Pratto… não é para brigar na zona de rebaixamento. Longe disso. O Cruzeiro chegou a segurar a lanterna. Outra mentira. Tem elenco para brigar no meio da tabela. Adoraria ver um duelo entre Paulo Bento e Tite, mas o técnico do Corinthians assumiu a Seleção. Paulo Bento deu um nó tático em dois treinadores selecionáveis neste Brasileirão: Marcelo Oliveira no clássico mineiro e Cuca na vitória do último sábado, em Belo Horizonte. Olho nele…

 

  1. Gaúchos

O Internacional briga pelo título brasileiro no momento em que não tem o elenco de outros carnavais, quando entrava na Série A apontado como favorito ao título. Isso está pesando na irregularidade colorada nas últimas duas rodadas, com derrotas para o Figueirense e o Botafogo. Sorte da trupe de Argel Fucks que todos os demais companheiros de G-4 até o início da rodada perderam também, inclusive o Grêmio. A turma de Roger Machado também passa por um momento de turbulência depois de ao menos uma derrota inexplicável, para o Vitória, em Porto Alegre, na quarta-feira. O revés diante do Atlético-PR era de se esperar.

 

  1. Nordestinos

Se a essa altura do campeonato o Sport brigava pelas primeiras posições no Brasileirão, em 2016 a decepção é imensa. Os três representantes da Região Nordeste ocupam a parte inferior da classificação, do 15º lugar para baixo. O Vitória é o 15º e o Sport, 16º. O Santa Cruz, que começou cheio de gás, ocupa a zona de rebaixamento. O sinal amarelo está ligado para os três, principalmente porque o G-4 da Série B só tem um nordestino: o vice-líder Ceará. A liderança é do Vasco, o terceiro lugar pertence ao Atlético-GO e o quarto, ao Criciúma. O quinto é o Luverdense, o Brasil-RS aparece em sexto e só o sétimo colocado é outro nordestino, o CRB.

 

  1. Série D

Frustrante a posição do campeão candango invicto, Luziânia, na Série D do Campeonato Brasileiro: lanterna do Grupo A11 com dois empates, o último deles em casa diante do Sinop, e uma derrota. Enquanto isso, o Ceilândia vai se consolidando na segunda posição depois da boa vitória sobre o Araguaia por 4 x 2 no fim de semana. Virou o turno com seis pontos e joga as duas próximas partidas em casa, ou seja, tem tudo para encaminhar a classificação pelo menos entre os 15 melhores segundos colocados.

 

  1. Candangão

Depois de duas rodadas, o Dom Pedro é o único time com 100% de aproveitamento na segunda divisão do Campeonato Candango. O time dos bombeiros está na zona de classificação do Grupo A ao lado do Botafogo-DF. No B, Paranoá e Bolamense dividem as primeiras posições. Quatro jogadores dividem a artilharia neste início de competição com dois gols cada: Chefe (Dom Pedro), Eder (Bolamense), Rafael (CFZ) e Vitor (Paranoá).