Tim Burton está de volta e desta vez sem a excelente Helena Bonham Carter nem seu trunfo, que recentemente não tem sido tão trunfo assim, Johnny Depp. O filme é baseado no livro de mesmo nome, que eu só conhecia pelo Drops do Beto no MRG (https://www.youtube.com/watch?v=WIb3V4Jly7I ) e não sei mais se quero conhecer.
Resumo Descolado
A trama conta a história de um galeguinho que tem um avô meio amalucado e todo cheio de historinhas. Esse senhor sempre falou que vinha de um orfanato de pessoas malucas que podiam voar e tal. Aí seu neto comprava seu barulho, mas o filho do velho, que era pai do neto do avô, não comprava nada e ainda achava que o pai, que era avô do neto, que era filho dele, achava que o velho ainda devia pra ele. Não dinheiro, mas algo sobre a infância perdida.
A história é assim, bem maluca, e o roteiro é um balaio de gato meio bizarro. De certa forma, o neto quase pega a quase avó, e o avô bota a maior pilha nisso. O pai some do nada no meio da história e ninguém se importa com ele. Talvez uns poucos tenham se importado, pois ele fez uma série muito maneira, The IT Crowd. Saudades, Roy!
O Pior é que existe um universo interessante no meio dessa confusão em que eu gostaria de me aprofundar (Talvez eu devesse ler o livro…). A caracterização dos personagens é um exemplo, mas novamente nenhum deles foi bem utilizado. Eles formam um tipo de supergrupo de heróis, todos crianças, que estão escondidos de um outro grupo de super-humanos maus. Rola aquela apresentação da escola Xavier de pessoas superdotadas, mas os poderes são porcamente usados, com exceção de um ou outro durante o desenrolar da treta.
O bizarro é que muita coisa orbita essa história e chama atenção. Há momentos em que você quer acreditar, você se convence de que vai ser bom, de que vai sair uma mistura legal no fim das contas. Acho que muito se deve ao visual do filme, que leva o jeito diferentão típico do diretor. Ainda assim, ficou qualquer coisa com uma direção genérica e um maldito roteiro todo cheio de preguiça.
Então, no fim das contas, acho que O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares tem elementos interessantes que despertam a curiosidade pela estranheza, longe dos clássicos do Tim Burton. Entretanto, isso não é suficiente, infelizmente, para carregar o roteiro fraquíssimo dessa adaptação dos livros para a telona.
Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé!