Nem sempre curti musicais. Na verdade, eu só achava que não gostava, porque acabei adorando filmes como A Noviça Rebelde, O Violinista no Telhado, Mudança de Hábitos, Dançando na Chuva (Esse fui gostar um pouco mais velho), Grease, entre outros. E não foi surpresa nenhuma sair da sessão de La La Land com a mais pura e deliciosa vontade de dançar.
La La Land retrata a história de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), um talentoso músico de jazz que está se dedicando à carreira. Os dois se encontram em Los Angeles e acabam juntos correndo atrás de seus sonhos.
Certa vez, ouvi alguém dizer: “Você não pode chegar e sair quebrando as regras artísticas e dizer que é o seu estilo. Antes você precisa saber fazer bem feito o status quo para, aí sim, quebrar as regras e reinventar.”
Tudo começa como um filme clássico de juventude em busca de realizar seus sonhos custe o que custar. A música é a forma de expor a alma desses sonhos e tudo segue o padrão. Mas existe algo ali que não se encaixa desde o começo: num primeiro momento, achei que fosse alguma dificuldade dos atores de entrarem no papel, mais especificamente da Emma Stone. No início do filme, ela está bem fora do contexto das amigas e de todo o universo ao redor dela. SABE DE NADA, INOCENTE! Com o desenrolar da trama, esse desconforto se mostra uma tendência emocional da personagem. Ela realmente não se encaixa nessa visão romântica de Hollywood. Ela, e posso dizer os dois protagonistas, têm uma visão bem peculiar do que querem.
Acabei lembrando de Whiplash, em que o diretor Damien Chazelle traz uma espécie de cinebiografia pessoal; pois, quando novo, teve aulas de bateria com um professor de Jazz muito severo. Em La la land, parece haver uma espécie de continuação da jornada do diretor, criando-se um paralelo com os sonhos do personagem do Ryan Gosling, que junta dinheiro para abrir um bar puramente de Jazz. Ou seja, ambos querem que o Jazz volte a ser popular!
La La Land é visualmente delicioso. Em vários momentos, vem a sensação de se estar à frente de um palco, e a vontade de gritar BRAVO! e jogar rosas é quase insaciável.
Temos o cinema falando do cinema, e provavelmente um Oscar ou mais de um a caminho.
Trailer:
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