Durante um filme, eu consigo dizer se ele é bem-feito ou malfeito. Podemos seguir as regras de Syd Field e construir os três atos colocando as viradas no final do primeiro e segundo para a resolução no terceiro. Podemos quebrar as regras e brincar com o roteiro. Mas, mesmo seguindo a receita, algo pode dar errado.
Escrevi isso para dizer que não me preocupei com nada dessas tecnicidades.
Gritei, chorei e quase pulei no cinema. E, SIM, aplaudi no final. Tá bom, foi uma palma só, que depois veio seguida de uma enorme vergonha. Mas essa palma, única na sala, foi o símbolo de algo maior, algo que bateu dentro. Trouxe de volta um moleque feliz e sem preocupação que realmente acreditava que os reis deveriam marchar na frente de seus exércitos ou tomar a dianteira de sua esquadrilha de F-15 contra a invasão ALIEN!
O diretor foi muito feliz em trazer todo o clima noventista de volta. Essa despreocupação com justificativas detalhadas de cada elemento pode ser um tiro no pé, porém o já experiente e sensacional Roland Emmerich soube conduzir esses momentos com muito cuidado.
Os heróis que integram os dois núcleos de combate são bem legais. Poucos são interessantes isoladamente, mas como parte do todo cada um tem uma função relativamente bem definida na trama.
Estou tão empolgado com o filme que, enquanto escrevo isto, um menino de uns cinco anos está aqui do meu lado chorando porque queria uma amoeba e a mãe não quis dar, e eu, quieto e calado, penso em como ele deveria ser grato aos EUA e a seu ex-presidente Bill Pullman por ter salvado o planeta mais uma vez. Moleque INGRATO! (Estou aguardando uma consulta médica, claro…)
Enfim, Independence Day: O Ressurgimento é DELICIOSO! Tem falhas, é superficial, mas é fiel ao espírito do primeiro filme e àquela sensação de que podemos resolver qualquer problema!
Por isso, deixe o bom senso em casa e vá se divertir no cinema!