Eles fizeram tudo que temíamos que pudessem fazer com nossos filmes prediletos. Refilmaram o original mudando os atores e algumas partes da história. MEDO! Mas… ficou legal!
Algo que já me chamava a atenção era o casting do filme. Temos um grupo de atrizes de excelente qualidade. Todas se saíram muito bem. Tiveram seus momentos sozinhas e em grupo, quando, enfim, a soma de seus poderes trazia o Capitão Planeta!
A essência do original está toda lá, como os imensos diálogos científicos que geralmente o espectador não entende, mas aceita como verdade absoluta. Lembra quando seu amigo volta de viagem de um lugar aonde você nunca foi e, sem você pedir, te dá todas as direções e dicas para passeios e restaurantes locais, e você fica com aquela cara de que realmente a informação vai ser usada um dia? Por aí.
A formação do grupo também é toda inspirada no modo como o anterior foi feito. Mas isso, em algumas ocasiões, me deixou um pouco desconfortável. Um exemplo é que mantiveram o estereótipo em torno da única personagem negra do grupo. É a única que não tem formação acadêmica, a “malandra” que sabe se virar nas ruas e tal. Isso pode ter passado relativamente tranquilo no longa de 1984, mas trinta anos se passaram! Achei desnecessário.
A inversão de gêneros, que foi alvo de muita discussão nas redes sociais, teve seu ponto alto no atuação do Thor (Chris Hemsworth). Ele fez o papel do secretário bonitão e meio burrinho que está ali só por causa da aparência. E isso é hilário! Fica escancarada a crítica e funciona muito bem. Palmas ao roteirista.
O filme é ENGRAÇADÍSSIMO. É coerente com a proposta e com o que eu, como fã do original, esperava dele. Está longe de ser perfeito, mas para mim os defeitos não tiraram a diversão. Vá assistir com seus sobrinhos pré-adolecentes, acho que você vai se divertir mais do que eles.
#Saudades do Rick Moranis!
