Só Jesus salva!
O mínimo que eu queria ver nesse filme era o brilho de um clássico. Sabe aquele flare que fica quando você sabe que está assistindo a algo grandioso? Aquela sensação de quando seu cérebro diz para os seus olhos: FOCA! Registra TUDO! Porque vai ser SENSACIONAL! Pois é, isso não aconteceu.
Ben-Hur não é ruim. Mas também não é bom.
Provavelmente estou sendo rabugento, mas achei tudo nesse filme teen demais. Ficou parecendo um seriado de TV sobre escola superdescolado. Os atores não me convenceram de que pertenciam àquela época. Não sei se foi um problema do casting ou de figurino/direção de atores/roteiro/azar. Mas ninguém carregava o peso das situações por que passaram. E, num filme como Ben-Hur, isso é completamente necessário. Não vou nem entrar na comparação com o filme clássico de 1959. Uma pena.
As cenas de ação são o ponto alto, mas também não tão alto assim. Depois de Gladiador, em que tivemos uma luta de biga sensacional dentro do coliseu, esse tipo de ação ficou marcado por sua excelência. E em Ben-Hur não temos bigas, mas quadrigas, com dois cavalos de potência a mais, que, infelizmente, não fizeram jus à sua superioridade.
Mas tem uma parte do filme que é bem interessante: a fase de escravidão. Curti pacas aquele momento. Depois tudo ficou comum e até previsível. Embora o final já fosse conhecido por ser tratar de uma refilmagem, poderiam ter tido mais criatividade para nos instigar a chegar lá. É incômodo perceber que os planos usados pelo diretor Timur Bekmambetov não funcionaram.
Apesar de tudo, temos Rodrigo Santoro como JESUS! E foi a melhor atuação do filme, porque nem o Morgan Freeman de dread eu curti. Preciso de um doce, estou me sentindo meio amargo…
Dica: Assista em 2d e guarde o dinheiro do 3d para comprar uma pipoca maior, porque não faz diferença alguma.
