Nada melhor do que uma noite de bebedeira entre quadrinistas para que tartarugas “cobaias de experimentos científicos” se tornem mutantes e mais tarde ninjas salvadoras da cidade de Nova York. Partindo do princípio de que assim surgiu o primeiro rascunho de As Tartarugas Ninjas, o segundo filme da saga, recém-estreado no cinema, parece realmente só fazer sentido numa noite de bar.
Sei que não é certo esperar uma profundidade maior do que só entretenimento de As Tartarugas Ninjas — Fora das sombras, mas pelo fator nostálgico eu acabo esperando… E até que o fan service oferecido no filme é bastante interessante, mas se sobrepõe à evolução da saga em si, o que deixa um aspecto vazio para a trama. O uso de atores sem real necessidade em papéis totalmente dispensáveis ao roteiro ilustra bem isso. O ator Will Arnett, o Vernon, não teve nenhuma utilidade, sendo mais um adendo desnecessário à história; e o personagem de Brad Garrett, o Krang, apesar de maneiro, não precisava ser apresentado, já que o vilão anterior, o Demolidor, ainda não havia sido explorado direito.
Mas não vou ficar reclamando o tempo todo. Quero encontrar o milho no cocô. Achar um ponto bom nesse filme caído. Por isso, não podia deixar de falar dos engraçadíssimos Bebop e Rocksteady. Os capangas do Destruidor, que eram muito legais nos desenhos, estão bem divertidos no filme. Na minha humilde opinião de bosta, são eles que fazem o ingresso valer a pena.
Apesar de ruim, me diverti com as Tartarugas Ninjas — Fora das sombras porque aqueles personagens me remetem à infância. E no fundo é com isso que um remake dessa categoria conta. Portanto, se você curtia os desenhos ou os quadrinhos nos anos noventa, vale assistir pela nostalgia.