Um homem de 61 anos é o primeiro brasileiro infectado pelo coronavírus. Com a confirmação do caso, especialistas alertam que os cuidados contra o vírus misterioso devem ser reforçados. Principalmente entre os idosos, como o morador de São Paulo que está em isolamento domiciliar. Isso porque a Covid-19, doença causada pelo micro-organismo, costuma gerar mais complicações em quem chegou à terceira idade.
Nessa faixa etária, inclusive, o risco de morte em decorrência da infecção é maior. De forma geral, a taxa de letalidade do coronavírus é de 2%. Entre os idosos, varia de 3,5% a 15%, sendo aqueles com mais de 80 anos os mais atingidos. Segundo a geriatra Randara Rios Iwace, a maior vulnerabilidade está relacionada ao processo natural de envelhecimento.
“Com o passar dos anos, ocorre uma redução da imunidade. Para todas as doenças infectocontagiosas, incluindo a do novo coronavírus, idosos e crianças, que não têm a imunidade adequada, são considerados grupos de risco. Por isso, precisam de maior atenção e maior cuidado”, explica a médica do Hospital Brasília e da clínica IMOV (Instituto de Medicina do Movimento).
Nos casos de ocorrência de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, a situação é ainda mais complicada. “Em muitas situações, elas podem deixar a pessoa imunodeprimida em algum grau”, explica Renato Walch, médico da família e diretor médico da Amparo Saúde. O especialista lembra que, na população idosa, a prevalência dessas enfermidades é maior. “Casos como doenças pulmonares crônicas e doenças cardiovasculares incidem em maior proporção nessa faixa etária”, diz Walch.
Ambos os médicos ressaltam que evitar a Covid-19 demanda cuidados (confira abaixo) que também protegem contra outras doenças. “Os cuidados não são somente indicados para se proteger do coronavírus, mas de todas as doenças virais e respiratórias que vão começar a surgir neste período do ano e podem causar complicações graves, como a H1N1”, diz a geriatra Randara Rios Iwace.
Atento às ameaças, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha nacional de vacinação contra a influenza. O início da imunização ocorrerá no próximo dia 23. Anteriormente, estava previsto para a segunda quinzena de abril. Idosos, gestantes, crianças até 6 anos e mulheres até 45 dias após o parto serão os primeiros a serem vacinados.
1. Lave frequentemente as mãos com água e sabão. Se possível, use álcool em gel
2. Evite locais fechados e em que há aglomeração de pessoas. Se tiver que ir, não toque em locais de muito contato, como o corrimão de escadas
3. Ao tossir ou espirrar, use o antebraço ou um lenço descartável como um anteparo
4. Se começar a apresentar sintomas respiratórios, febre que não cede e falta de ar, procure algum serviço médico para ser submetido a uma avaliação adequada
5. Reforce a hidratação. Para quem não tem restrições, a ingesta hídrica deve ser de pelo menos 2 litros de água por dia
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