Em tempos de mudanças bruscas nos termômetros, um problema característico da velhice fica evidente. Com o passar dos anos, o mecanismo que mantém a temperatura corporal deixa de funcionar direito. Dessa forma, os idosos ficam muito sensíveis tanto ao frio quanto ao calor.
Se no verão a dica é usar roupas leves e beber água, agora, no inverno, além da hidratação, é recomendado reforçar os agasalhos. “Principalmente na nossa região, em que há dias muito frios e secos”, alerta Thiago Póvoa, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, seção Distrito Federal (SBGG-DF).
Segundo o médico geriatra, os idosos com problemas respiratórios e os que dependem de ajuda para cuidados básicos são os que ficam mais vulneráveis. “Aquele que é independente pode tomar Sol sozinho, se agasalhar. São os acamados, os que não conseguem responder por si, que mais chegam às emergências”, conta.
O excesso de frio pode causar problemas com consequências ainda mais graves na velhice, como alterações mentais e redução das habilidades motoras. Para evitar essas complicações, basta adotar cuidados relativamente básicos.
Em casa, é bom ficar atento à circulação de ar, principalmente na hora do banho. “Portas e janelas abertas podem fazer com que o idoso sofra um choque térmico. Isso pode desencadear pneumonia, tosse seca”, diz Altair Pereira Júnior, enfermeiro do Grupo Altevita.
Segundo o médico geriatra Thiago Póvoa, a dica vale para outras situações cotidianas, como sair do banho quente e pisar no chão frio e deixar um lugar aquecido para entrar em outro gelado. “A alternância de temperatura não desencadeia a gripe ou a pneumonia, mas abre as defesas para que um problema respiratório ou um processo alérgico se instale”, explica.
Na rua, é bom ficar atento ao relógio e ao termômetro. Isso porque o ideal é que o idoso tome Sol até as 10h. “Como ainda pode estar frio nesse horário, o melhor é mudar para as 16h”, aconselha Altair. O enfermeiro também sugere mudança no horário do banho. É melhor evitá-lo antes das 8h.
Há outros dois cuidados que valem tanto para dentro quanto para fora de casa. O primeiro é manter-se agasalhado, usando casacos, luvas, gorros e meias, por exemplo. O segundo é não deixar de beber água. “É preciso se hidratar mesmo nas condições mais frias. O corpo precisa de mais água para o termostato fisiológico, nosso regulador de temperatura. Na nossa região, muito seca, é ainda mais importante”, alerta Thiago Póvoa.
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