Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Felicidade, é possível alguns usem da data para refletir sobre o sentimento. Muito buscado (sinônimo de sucesso e conquista), o grande segredo da felicidade é não ter uma receita fácil de se alcançar. Um estudo publicado na revista científica Emotion, contudo, aponta algumas ingredientes que podem facilitar essa receita.
A pesquisa indica que o sexo traz benefícios emocionais e pode ser um fator importante na construção da felicidade. Segundo os pesquisadores, na manhã seguinte a uma atividade sexual as pessoas costumam ficar mais felizes. Os resultados do estudo foram baseados na observação de 152 universitários através da manutenção de diários para registro dos comportamentos sexuais e emocionais de cada estudante.
Receita feita com ingredientes biológicos
Isso porque, existem três neurotransmissores que se destacam na excitação sexual: ocitocina, serotonina e dopamina. A serotonina é conhecida pela sua relação com a sensação de bem-estar, já a ocitocina está muito ligada ao amor e ao prazer, enquanto a dopamina está relacionada ao relaxamento.
De acordo com a pesquisa, qualquer tipo de experiência sexual pode ser capaz de melhorar o bem-estar e aumentar os níveis de felicidade. No entanto, os cientistas notaram que, apesar de algumas pessoas estarem mais felizes, isso não aumentava a recorrência do comportamento sexual, ou seja, o número de encontros íntimos não aumentava só porque o indivíduo estava mais contente.
“O sexo pode trazer felicidade de várias formas, assim como quando fazemos exercícios físicos. Pelas questões hormonais, psíquicas, emocionais e as reações do corpo”, comenta a educadora e terapeuta sexual, Karol Rabelo.
Um outro estudo da publicado pelo periódico Personality and Social Psychology Bulletin, apontou que afeição e conversas casuais são as maiores responsáveis pela felicidade em longo prazo — em relação ao sexo. A pesquisa foi realizada com 335 pessoas que estavam em relacionamentos. Elas responderam perguntas relacionadas à frequência com a qual faziam sexo, sobre o quão afetuosos eram na relação e sobre a quantidade de vezes em que experimentavam emoções positivas, como alegria e contentamento.
O resultado observado, de acordo com os psicólogos que conduziram o estudo, aponta que sexo é um “veículo” para que haja mais carinho, logo, as pessoas ficariam mais felizes.
“Quando falamos de sexualidade, nada é oito ou oitenta, sim ou não, não existe essa dualidade. É sempre relacionada ao contexto envolvido, aos sentimentos — não necessariamente românticos —. A sexualidade é biopsicossocial, envolve questões biológicas, psíquicas e sociais e essa mistura, pode dar a sensação de felicidade”, conclui o estudo.