Massagem tântrica 3 — depoimento: “Senti prazer, mas também agonia”

Compartilhe

Vitor Barbosa*

“’Acho que não vou fazer a massagem, não gosto de ficar pelado’, disse, relutante, em ir à massagem tântrica, ainda preso a preconceitos e receios diante da experiência. Um dia depois, no entanto, estava diante de um terapeuta, Vitor Shiv, para minha primeira sessão de massagem tântrica.

> Leia aqui sobre a massagem tântrica e veja um depoimento feminino sobre a experiência

Conversamos um pouco sobre minha vida, tanto no que toca à sexualidade, quanto à parte social. Até mesmo sobre trabalho nós conversamos. Segundo o terapeuta, a entrevista é importante para conhecer melhor o paciente. Sou uma pessoa aberta, então, falar das minhas vivências para um estranho não foi algo difícil. Para uma pessoa mais fechada, no entanto, não sei como seria.

O terapeuta disse que ia me dar um tempo para que me despisse tranquilamente. Olhei para aquela sala vazia, onde tocava um mantra calmo e compassado. Não pensei muito, tirei a roupa e me deitei de olhos fechados, com um pouco de vergonha da situação que estava vivendo.

As massagens feitas no local em que fui, o Centro de Desenvolvimento Integral Metamorfose, são de quatro tipos: Sensitive; Êxtase; Yoni (para mulheres) ou Lingam (para homens); e G-Spot (mulheres) ou P-Spot (homens). Fiz o segundo, que busca ligar o prazer do tato com o prazer da genitália. Me foi explicado que, apesar de os tipos representarem níveis graduais, nem sempre os iniciantes começam no primeiro.

Ficar nu e ser massageado por alguém que não conheço, me impedia de me soltar completamente. Me senti desprotegido e, embora tenha vivido momentos de excitação, também senti agonia. Pensava, já no fim da massagem, que queria que acabasse. Precisava voltar ao meu ‘normal’, de roupa.

Ele me deu retorno sobre como estava minha musculatura e detalhou minhas reações aos estímulos, inclusive os momentos em que demonstrei agonia.

Terminada a sessão, o tatame estava molhado e desconfortável, e eu abri os olhos buscando o terapeuta para saber o que fazer em seguida. ‘Como foi a experiência?’, ele me perguntou, sentado ao meu lado.

Respondi que tinha gostado, mas ainda não sabia o que tinha sentido. Ele disse que era comum e me deu retorno sobre como estava minha musculatura e detalhou minhas reações aos estímulos, inclusive os momentos em que demonstrei agonia. ‘É normal’, eles disseram.

Vitor contou que nos próximos dias poderia sentir reflexos da massagem e que meus feromônios estariam mais aflorados. ‘Use com sabedoria’, ele riu. Em seguida disse para eu ter cuidado ao me levantar, pois havia passado muito tempo deitado. Recebi uma toalha e fui tomar um banho para retirar o óleo do meu corpo.”

* Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende

Humberto Rezende

Jornalista desde 1997.

Posts recentes

Do erotismo ao drama: filmes com cenas de sexo que marcaram 2025

Em 2025, o cinema voltou a tratar o sexo menos como choque gratuito e mais…

1 dia atrás

Pílula do dia seguinte registra pico de vendas após virada do ano

Entre brindes, contagens regressivas e promessas de recomeço, o ano-novo também deixa rastros menos celebrados nas prateleiras…

1 dia atrás

Fraturas penianas disparam entre 24 e 26 de dezembro, aponta estudo

Entre ceias fartas, encontros familiares e trocas de presentes, o Natal guarda uma estatística urológica pouco comentada.…

2 dias atrás

Livros para entender as novas formas de amar e se relacionar

Amar nunca foi uma experiência estática nem restrita a um único modelo. Em um cenário…

4 dias atrás

Transar com o ex da amiga é traição? Entenda limites e condutas

Na quinta temporada de Emily in Paris, a amizade entre Emily (Lily Collins) e Mindy…

6 dias atrás

Fim do ano e sexo: por que o desejo dispara no Natal e no réveillon

Não é só superstição, desejo ou piada de fim de festa: a virada do ano…

6 dias atrás