Fim do ano e sexo: por que o desejo dispara no Natal e no réveillon

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Não é só superstição, desejo ou piada de fim de festa: a virada do ano concentra picos de interesse sexual em diferentes países. Pesquisas baseadas em dados de buscas na internet e em aplicativos de saúde sexual mostram que termos relacionados a sexo atingem altos índices justamente em datas simbólicas como o Natal e o réveillon. O fenômeno é tão recorrente que especialistas associam o comportamento a picos de concepção registrados cerca de nove meses depois.

Um estudo que analisou buscas online em quase 130 países identificou aumento significativo no interesse por sexo durante grandes celebrações culturais e religiosas. A explicação passa por fatores emocionais e sociais: clima de renovação, maior consumo de álcool, encontros afetivos, suspensão da rotina e a ideia simbólica de “começar o ano bem” — para muitas pessoas, isso inclui prazer sexual.

No Brasil, levantamentos de comportamento indicam que mais da metade das pessoas já se afastou de festas de fim de ano para transar ou considera essa possibilidade. O dado aponta que o sexo na virada não está restrito a casais estáveis: envolve solteiros, relacionamentos recentes, encontros casuais e também relações não monogâmicas, refletindo mudanças nos modos de viver a sexualidade.

Segundo as conclusões, o ano-novo funciona como um marco psicológico. Assim como promessas e rituais, o sexo aparece como uma experiência de conexão, descarga emocional e afirmação de desejo. Entrar o ano transando, para muitos, não é apenas sobre prazer físico, mas sobre presença, vínculo e a sensação de estar vivo.

Os dados convergem para um mesmo ponto: em datas carregadas de significado, o desejo ganha espaço — e o sexo se torna, para parte da população, um ritual tão importante quanto a contagem regressiva. Não à toa a música Deu Meia Noite Eu Sumi se tornou o hino da libido durante a passagem de ano no Brasil.