Cruzeiro sexual oferece noites eróticas e empoderamento feminino no Mediterrâneo

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No cruzeiro Killing Kittens, casais e mulheres solteiras podem desfrutar de seis noites de hedonismo a bordo a partir de R$ 37 mil em um transatlântico all inclusive. O famigerado cruzeiro do sexo é promovido pela empresa homônima, conhecida por festas liberais que preservam a privacidade, confidencialidade e discrição.

É previsto que a viagem saia de Barcelona (Espanha) e navegue até Monte Carlo (Mônaco), Florença e Portofino (Itália) no dia 9 de junho de 2026. Nas festas sexuais em alto mar, não é permitido a revelação de identidades, assédio, abuso ou qualquer tipo de comportamento prejudicial aos passageiros.

Conforme a empresa, os interessados deverão assinar formulários de consentimento que explicitam as atividades das quais são adeptos — especialmente nas chamadas salas de jogos, onde fantasias são estimuladas. Caso algum passageiro encontre um conhecido, a Killing Kittens (KK) pede honestidade e respeito.

A viagem sexual deriva da celebração do prazer feminino, então homens solteiros não são bem-vindos na embarcação. A empresa destaca que o cruzeiro sexual vai além da nudez legalizada e é uma ocasião “muito mais elegante”. Em alguns eventos, roupas e fantasias serão obrigatórias.

“Entre em um mundo de libertação sexual, onde a excitação é ilimitada e as gatinhas lideram o caminho”, afirma a página oficial da KK. Kittens, gatinhas em inglês, simboliza as mulheres adeptas das práticas promovidas — que sempre as controlam.

Além da promoção da liberdade sexual, o cruzeiro mediterrâneo oferecerá aulas de culinária, degustações de vinho e uísque, ioga nudista ao nascer do sol e clube de corrida matinal, workshops sobre sexo e relacionamentos, autoexpressão e brincadeiras sensoriais, e até mesmo uma noite de quiz picante.

Empoderamento sexual feminino

A Killing Kittens foi fundada por Emma Sayle e é conhecida por promover as maiores festas sexuais do Reino Unido e do mundo há duas décadas. Emma é casada, mãe de três filhos, e estudou com Kate Middleton na escola Downe House. A KK é composta, em sua maioria, por participantes de classe média alta na faixa dos 30 anos, que assinam termos de sigilo.

Cada evento atrai cerca de 900 pessoas, que mantêm os celulares desligados enquanto participam das atrações adultas. As festas são realizadas em mansões rurais e clubes de Mayfair, um distrito elegante de Londres (Inglaterra).

Mais do que uma empresa de festas eróticas, a KK tem como o objetivo destacar as mulheres no poder. As dominatrix são as protagonistas. “Nós desafiamos os estereótipos de gênero estabelecidos priorizando a segurança e o prazer dos nossos membros Kitten”, afirma a empresa.

Todos os homens respondem a um único nome: Tom. Eles não podem dar o primeiro passo, sendo a iniciativa tomada sempre pelas kittens. “Nossas regras e nossos valores comunitários têm como objetivo aumentar a equidade, permitindo que as mulheres saiam de papéis restritivos de gênero e abracem seu empoderamento sexual, seja explorando os seus desejos, assumindo o controle em situações sexuais ou se sentindo confiantes para pedir o que realmente querem no quarto”, declara KK.

Antes de cada evento, o consentimento é garantido. A masculinidade tóxica não é permitida e a positividade corporal e inclusão são incentivadas pela organização. Ao jornal The Times, Lucy Roeber, editora da Erotic Review, descreveu a ida a uma das festas de orgia black-tie mascarada da KK — que abrigava grandes camas, salas de dominatrix e uma masmorra.

Bianca Lucca

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