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Alguns alimentos podem ser grandes aliados na estimulação da libido e na melhoria da performance sexual — os chamados afrodisíacos. Embora as propriedades sexuais de comidas careçam de evidências científicas firmes, o nutricionista e professor do IESB Bernardo Romão destaca alguns elementos do cardápio que incitam os hormônios do desejo.
A maca peruana, por exemplo, aparece bastante em estudos apresentando melhora na libido após algumas semanas de uso, segundo o especialista. “O ginseng vermelho também é bastante citado por ajudar na disfunção erétil leve, e alimentos que aumentam a produção de óxido nítrico no corpo, como a beterraba, folhas verdes e a própria L-arginina (um aminoácido), podem melhorar a circulação sanguínea e facilitar a resposta sexual”, ilustra.
Queridinhos das refeições românticas, o chocolate amargo e as frutas vermelhas são ricos em flavonoides, que auxiliam na circulação e no humor — “O que, indiretamente, pode favorecer o desejo”, explica Bernardo. Já as ostras são ricas em zinco, um mineral importante para a produção de testosterona. “Por isso ganharam fama, mas qualquer alimento rico em zinco pode ter esse papel, como sementes de abóbora ou carnes magras.”
Vale ressaltar que tais alimentos não aumentam os hormônios sexuais de forma milagrosa, mas sim ajudam no funcionamento fisiológico: melhoram o fluxo de sangue, dão mais energia, reduzem a inflamação e elevam o humor, conforme o nutricionista — fatores que contribuem para uma vida sexual ativa.
No entanto, é importante cautela com suplementos ou doses altas. “Ginseng, por exemplo, pode interagir com medicamentos e não é recomendado para quem tem pressão alta; yohimbina (que aparece em alguns produtos vendidos como afrodisíacos) pode causar arritmias e crises de ansiedade; e exagerar no chocolate pode atrapalhar quem tem diabetes”, alerta Bernardo. “O ideal é incluir esses alimentos em pequenas quantidades e dentro de uma dieta equilibrada, sem esperar efeitos imediatos ou milagrosos.”
O efeito psicológico ainda é um fator definitivo. “Preparar um jantar caprichado, com um peixe grelhado, uma salada de folhas e beterraba, um punhado de nozes e uma sobremesa com morangos e chocolate amargo, por exemplo, já cria um clima especial que por si só pode aumentar a excitação”, afirma o especialista.
Ingredientes caros e exóticos também podem ser substituídos por versões acessíveis: sementes de abóbora no lugar das ostras, cacau em pó ou chocolate 70% no lugar de chocolates caros, exemplificando. Bernardo acrescenta que apostar em hábitos saudáveis melhoram a energia e a circulação, resultando em um funcionamento sexual satisfatório.
Uma pesquisa publicada na PMC (PubMed Central) analisa o papel dos afrodisíacos nutricionais na saúde sexual masculina, abordando especialmente a disfunção erétil e a infertilidade. Ele detalha como alimentos como mel, melancia, abacate, gengibre, frutos-do-mar, ginseng, nozes e probióticos podem contribuir para aumentar a libido e a fertilidade, atuando na elevação da testosterona, na melhora da qualidade do sêmen e na inibição da aromatase (redução na produção do estrogênio).
O estudo explora a fisiologia da ereção, os mecanismos hormonais de síntese de testosterona e os fatores de risco ligados à disfunção erétil, sugerindo que ajustes nutricionais podem ser uma alternativa viável ou complementar aos tratamentos farmacológicos convencionais.
De acordo com os dados, a disfunção erétil afeta cerca de 150 milhões de homens, e a infertilidade atinge 15% da população mundial, com metade dos casos atribuída a fatores masculinos — problemas a qual uma das soluções encontra-se no cardápio.
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