Especialista explica que antes de arriscar “aventuras radicas” é necessário manter um diálogo franco e aberto entre o casal
Na úlima semana, Naldo Benny e Moranguinho revelaram que usam ferramentas para apimentar a relação. Uma delas é o sexo a três.
É natural que em relacionamentos de longa duração — ou não — a vida sexual do casal caia na rotina e acabe esfriando. Em conversa com o Correio, especialista explica, no entanto, que existem diferentes níveis de artimanhas para reaquecer o romance, sendo a incorporação de uma terceira pessoa, o mais “avançado”.
Para a psicóloga, sexóloga e terapeuta sexual Luisa Miranda é importante ressaltar que a busca do que é ideal sobre o que é prazeroso, como uma “receita de bolo”, deve ser repensada. Isso porque as pessoas são muito diferentes, logo, o que dá prazer em uma pessoa, pode não ter o mesmo efeito em outra.
A sexóloga pontua que, antes de mais nada, é preciso haver comunicação entre o casal. “É importante falar de sexo sem fazer sexo. Porque se o casal não conversa, levar um brinquedinho pode ser problemático”, explica. Ela indica trazer o assunto para a relação através de contos eróticos, assistir a filmes ou documentários.
Além disso, Luisa afirma que é importante manter sempre um diálogo aberto sobre o que o parceiro gosta. “Alinhar com o outro o que está sendo prazeroso para você, porque a gente muda”, aponta a sexóloga.
A comunicação está em dia? Então é hora de explorar! A terapeuta afirma que é importante também trazer brincadeiras para o sexo, sem necessariamente ter a penetração.
“Pode ser uma mão naquilo, aquilo na mão; pode ser uma chupada ou um boquetinho no momento inusitado; sem ter que ser penetração, porque se tiver a penetração o tempo todo, limita muito a coisa. Se a gente traz o sexo para essa coisa do amasso, para as pegadas, a gente transforma também um sexo em algo muito mais leve”, esclarece.
Outra dica é explorar os espaços da casa, evitando o sexo na cama. “Se proíba de transar em cima da cama. Vá para outros cômodos. Faça no chuveiro, no sofá da sala, na mesa da cozinha. Transforme o sexo em algo lúdico. Se divirta!”, avalia.
Já exploraram a casa? Agora podem incorporar os brinquedos eróticos. “Necessariamente, com esse propósito de diversão”, pontua, explicando que é importante tirar da cabeça a cobrança do ‘sexo mágico’. “Quando vemos o sexo como uma experiência criativa, uma experiência prazerosa, a gente também vivencia aquilo de forma mais leve”, completa.
O próximo passo envolve aumentar o repertório sexual. Começar a frequentar lugares que proporcionem isso, como casa de swing onde é possível ver pessoas fazendo sexo. “Não precisa necessariamente participar, mas ver, conversar com outros, se colocarem em situações. Ir a uma festa sexual, ver coisas que trazem mais esse comportamento sexual, mais selvagem, talvez menos convencional”, explica a psicóloga.
E então, no último momento, quando essas partes anteriores estão bem encaminhadas e minimamente resolvidas, é hora de incluir outra pessoa na relação.
“O que é mais difícil do que as pessoas imaginam porque, como cada um lida com aquela situação, elas só vão descobrir quando vivenciarem, e muita gente ainda não tem maturidade sexual ou de fato autoconhecimento para lidar com essas coisas”, ressalta.
A sexóloga salienta que essa escala de crescimento de acordo com o nível que o casal se encontra é muito importante, porque as inadequações causam a baixo libido.
“Muito problemas relacionados a baixa libido são causados por essa falta de comunicação, essa falta de alinhamento de expectativas no sexo, as inseguranças e os medos não compartilhados”, conclui.
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