Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Siegen e da Universidade de Trier, ambas na Alemanha, e publicado em janeiro deste ano na revista científica Psychophysiology, indica que praticar três minutos de atividade física de força é suficiente para aumentar o tesão.
Os pesquisadores alemães determinaram que os homens que realizaram um teste de força de três minutos foram mais responsivos aos estímulos eróticas na forma de fotos sexuais depois de se exercitarem fisicamente.
O estudo aponta que apenas alguns minutos de estresse no corpo na forma de exercício físico são suficientes para impulsionar o sistema nervoso simpático que governa a resposta do corpo à excitação — como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Os homens no estudo que praticaram atividades físicas mostraram uma frequência cardíaca mais alta e dilatação pupilar mais rápida quando apresentados a imagens sexuais do que os que exerceram menos energia, sugerindo que os efeitos posteriores do exercício tornam uma pessoa mais facilmente estimulante.
Os especialistas não determinaram até que ponto o exercício afeta a capacidade de um homem de ficar excitado.
O experimento
O estudo foi realizado com 45 estudantes universitários saudáveis do sexo masculino que não estavam abaixo do peso nem obesos, não tinham doenças psiquiátricas ou subjacentes e não eram fumantes excessivos ou usuários de drogas.
No início do experimento, os homens foram conectados a um equipamento que mediria os batimentos cardíacos, pressão arterial e outras respostas fisiológicas.
Os homens do estudo tiveram que realizar um teste de força de pressão segurando um dispositivo de teste o mais forte possível, seguido de um período de descanso de 10 minutos para registrar os níveis de estresse, excitação e ansiedade em uma escala.
Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos, o grupo de controle, que exerceria pouca energia e o “estresse” (ou grupo que fazia os exercícios). O último teve que segurar o dispositivo de medição em 45% de sua força máxima e manter a mesma quantidade de pressão por três minutos.
O grupo de controle, por sua vez, segurou o dispositivo de teste com apenas 10% de sua pegada máxima, considerada uma pressão muito fraca, seguida de um período de descanso de sete minutos.
Os homens viram fotos retratando violência, atividades esportivas, sexo, situações sociais cotidianas e paisagens naturais. Um dispositivo de rastreamento ocular foi usado para medir o reflexo de piscar de olhos de cada pessoa.
Também foi medida a condutância da pele (ou as propriedades elétricas da pele). Quando confrontada com certos estímulos externos, a pele torna-se temporariamente um melhor condutor de eletricidade.
A excitação muitas vezes induz a transpiração, e o suor é rico em eletrólitos como sódio e potássio que, quando misturados com água, conduzem eletricidade.
O grupo de homens que gastou mais energia viu mudanças mais drásticas na frequência cardíaca e maior condutância da pele quando mostradas imagens sexualmente explícitas do que aqueles que gastaram pouca energia.
“Em conjunto, nossas descobertas fornecem fortes evidências para o aprimoramento do processamento sexual pela exposição aguda ao estresse em homens e sugerem envolvimento diferencial de mecanismos parassimpáticos versus simpáticos”, escreverem os autores do estudo.