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Nunca sei quando usar espiar e expiar. Pode me dar uma luz? (Jonas Biatles) Guarde isto, Jonas. O garoto curioso espia pela fechadura da porta o banho da irmã. A mãe vê. Contrariada, castiga-o. Recolhe o celular por três dias. “Por quê?”, pergunta ele choroso. “Porque você deve expiar o erro.” É isso. Espiar é observar secretamente. Daí espião, espionar, espionagem. Expiar, pagar erros […]
A ver? Haver? Como não confundir as formas que soam do mesmo jeitinho? Seja esperto. Faça o jogo do troca-troca. Se o a for substituível por que, abra alas para o ver. Caso contrário, o haver pede passagem: Este caso não tem nada a (que) ver com aquele. Minha experiência tem tudo a (que) ver com a de Maria. Vai haver festa por aqui?
Obama em Cuba. A Operação Lava-Jato em Portugal. O que há de comum entre os dois fatos? É o nome dos países. A ilha caribenha e a terra de Camões têm um denominador comum. Ambos rejeitam o artigo. Apesar da intolerância, pintaram manchetes que presentearam as duas nações com baita acento indicador de crase. Nada feito. Xô! Xô! Xô! Dica Como saber se o país, […]
“Chama à atenção a imensa quantidade de publicações”, escrevemos na pág. 12. Viu? Desperdiçamos o acento grave. Chamar é verbo transitivo direto. Sem preposição, a crase não tem vez. Xô! Melhor: Chama a atenção a imensa quantidade de publicações.
Oba! Bem-vindo! Bem-vindo se escreve assim — com hífen: Bem-vindo a Cuba. Bem-vindo a Brasília. Bem-vindo ao Brasil.
“Depois do atentado, a Bélgica mantém o mesmo esquema de segurança”, repetem os repórteres que falam lá de Bruxelas. Ops! Há pleonasmos e pleonasmos. Alguns estão na cara. É o caso de subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora. Outros não parecem, mas são. Um deles: panorama geral. Todo panorama é geral. Basta panorama. Outro: pequeno detalhe. Todo detalhe é […]
“Ele chegou há pouco a Buxelas”, acaba de dizer a apresentadora do Bom dia, Brasil. Pisou a regência. A gente chega a algum lugar: Ele chegou a Buxelas. Nós chegamos a Brasília. Os alunos chegaram à escola com atraso.
“Uma lista nada boa para se estar”, escrevemos na pág. 22. Viu? Estar não é verbo pronominal (aposentar-se, suicidar-se, formar-se). O se sobra. Melhor: Uma lista nada boa para se estar.
Sabia? Há uma gangue especializada em roubar pontos e reputações. São três criaturas com uma característica — escrevem-se com azul. Diante delas, abra os olhos, limpe os ouvidos e vá em frente. Azul-marinho (ou marinho), azul-celeste e azul-ferrete são invariáveis. Não têm singular nem plural. Com eles é tudo igual: blusa azul-celeste, blusas azul-celeste, vestido azul-ferrete, vestidos azul-ferrete; calça azul-marinho, calças azul-marinho, sapato azul-marinho, sapatos […]
“A literatura é a vida de mentira que acrescentamos à vida que temos. “