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TODO ENCONTRO SEXUAL PRECISA TERMINAR COM ORGASMO? A “TAÇA DE CIRCE”

Todo encontro sexual precisa terminar com orgasmo? A “Taça de Circe”.

VINHO: Qual a relação com a libido? Qual o efeito para o sexo? Pode ajudar a atingir o orgasmo? Tem efeito vaso dilatador auxiliando na disfunção erétil?

Opa! Este tema está no blog errado? Não está. O vinho também pode fazer parte da nossa vida sexual. Vamos, como sempre, focar no seu consumo responsável e benéfico para a saúde e para o erotismo. A “Taça de Circe”, a feiticeira da Odisseia de Homero, que com vinhos encantados seduzia os homens completamente, é a metáfora para esta mistura entre prazer gustativo e erótico.

O vinho, além de ser símbolo de celebração e do prazer gastronômico, da mesma forma desperta curiosidade pelo seu possível efeito na libido e no desempenho sexual. A ciência e a cultura mostram que essa relação existe — mas ela depende muito da dose e do contexto. O estilo do vinho escolhido será tema para outro artigo.

E esta influência no desejo sexual pode se dar tanto fisiologicamente quanto psicologicamente. Mas, antes de continuar, precisamos combinar uma coisa, para que esta relação com o vinho seja positiva é imprescindível que seja consumido moderadamente. Quando o consumo é excessivo o resultado tende a ser negativo.

Aqui, para elevar ainda mais o nível cultural deste escrito, citarei a mesma citação de Shakespeare, que já citei mais de uma vez.

“A luxúria, senhor, o álcool provoca… e desprovoca: desperta o desejo, mas prejudica o desempenho.” (Otelo).

Fofoca cultural, o bardo inglês repetiu a mesma frase em Macbeth.

Quanto aos efeitos psicológicos, o vinho, em pequenas doses, diminui a timidez e aumenta a autoconfiança, o que facilita muito a proximidade. Cuidado com a diminuição da autocrítica. Neste compartilhar das taças há uma carga simbólica de sedução e intimidade.

Passemos aos efeitos fisiológicos. A questão vem sendo estudada pela ciência, como por exemplo, numa pesquisa da Universidade de Florença (2009) sobre a influência do vinho no desejo sexual. Antes, um momento de espanto pessoal! Você já pensou estar em Florença e ainda pesquisando sobre o desejo sexual junto com o vinho? Mesmo que não superada a minha inveja continuarei o texto. A tal pesquisa concluiu que o vinho tinto, num consumo moderado, pode intensificar o desejo sexual, especialmente nas mulheres, estimulando a circulação, dopamina e endorfinas. Cadê o Nobel?

Não aconteceu comigo, mas, um amigo meu me contou, que o vinho o ajudou em um probleminha de disfunção erétil. É verdade, o vinho tem um efeito vasodilatador em consequência dos polifenóis, como o resveratrol, que melhoram a circulação, inclusive na região genital, podendo auxiliar na ereção e excitação.

E o orgasmo? Nas mulheres o relaxamento e a excitação favorecidos pelo vinho podem melhorar a lubrificação e a sensibilidade, tornando mais fácil chegar ao orgasmo. Nos homens pequenas doses ajudam na confiança e podem prolongar o tempo para alcançar a ejaculação; porém, doses altas causam efeito inverso, com dificuldade de ereção e queda de sensibilidade. Depois não digam que eu não avisei.

Nem vou falar mais do prejuízo com o excesso, com o uso crônico ou com as interações medicamentosas.

Antes de finalizar gostaria de deixar aqui uma sugestão bem gostosa para meus leitores: Jogos sensuais com vinho!

Agora chamei a sua atenção né? Além de beber, o vinho pode ser incorporado em brincadeiras íntimas para estimular os sentidos. Como eu sei destas informações? É porque, igual ao meu amigo Sr. O, eu leio muito.

Jogos sensuais com vinho, brincadeirinhas íntimas para estimular os sentidos:

  • Pintura corporal – pincel e vinho tinto para desenhar no corpo. Efeito colateral: pode fazer cosquinhas.
  • Degustação às cegas – vendas, vinhos variados e combinações com frutas e queijos, praticamente um jantar.
  • Gotejamento lento – pequenas gotas de vinho em partes estratégicas do corpo. Pode manchar os lençóis, mas quem liga.
  • Massagem aromática – óleo corporal misturado a vinho ou aroma de uva.
  • Trilha de taças – pequenas doses distribuídas pelo corpo para beber direto da pele.
  • Banho de espumante – espumante derramado lentamente nos corpos no chuveiro ou banheira, choque térmico entre as temperaturas da água e do espumante.

Seria legal sempre atingir o orgasmo, no caso do homem não confundir com a simples ejaculação, mas não é obrigatório ou motivo de frustração não chegar lá. A concupiscência — esse desejo intenso e prazeroso — pode estar presente mesmo sem o clímax. A intimidade, a sedução, as conversas, o carinho, o contato corporal e tratar o tema com naturalidade são muito mais importantes.

A “Taça de Circe” aparece como metáfora em poemas, romances e pinturas para indicar o vinho como veículo de sedução irresistível, mas também como possível armadilha, prazer ou perdição. Deixemos, portanto, a pressão para o espumante e não vamos transformar a taça de vinho em um depositário das frustrações.

Obs.: pensava que nunca iria conseguir usar a palavra concupiscência em um texto.

sergiosvp

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