DEGUSTAÇÃO DE VINHOS – O QUE PODEMOS APRENDER COM OS RATOS
Quando entra na minha casa o visitante logo percebe algumas coleções, uma de rádios antigos e outra de peças sacras, apesar da minha falta de religião. Depois vem uma coleção de pinguins, insetos e lagartos de metal e outras mais. Lembram que já mostrei aqui uma foto de bolachas de chope? No vinho tenho um foco em saca-rolhas e aquelas tampinhas de metal que protegem as rolhas de espumante. Faço, portanto, uma coleção de coleções. Acredito que estou a três níveis de separação de me tornar um acumulador.
Outra coleção é a de temas que me interessam. Passo tranquilamente passar de um naufrágio do tempo dos fenícios para o satélite que orbita Marte. Falou que é uma pesquisa científica já corro para ler.
Então fiquei muito interessado quando descobri que a neurocientista Kelly Lambert, da Universidade de Richmond, na sua pesquisa ensinava ratos a dirigirem um carrinho para irem até o local onde encontrariam uma guloseima. Na verdade me identifiquei com os ratinhos, faço muito isso de ir dirigindo até a algum lugar que tenha algo do interesse da minha gulodice.
A pesquisa tratava sobre a importância de ambientes enriquecidos para se tornarem mais agradáveis e da antecipação de experiências positivas no bem-estar e na saúde mental.
Os resultados preliminares sugerem que os ratos obrigados a esperar pelas suas recompensas mostravam sinais de mudança de um estilo cognitivo pessimista para um otimista.
É como quando sei que vou a um restaurante incrível ou a uma degustação de vinhos. Já começo a curtir o momento enquanto ainda estou me preparando. Ou então na fase de planejamento de uma viagem envolvendo cultura, gastronomia e, claro, vinho.
Os ratinhos treinados para antecipar experiências positivas ficavam tão animados com a expectativa do exercício que até apresentavam expressões físicas de emoção, com a chamada “cauda de Straub”, uma elevação da cauda associada a níveis aumentados de dopamina, indicando estados emocionais positivos. Aqui evitarei qualquer comparação comigo.
Uau! Olha o que eu entendi disso tudo. Está cientificamente comprovado que, enquanto esperamos por uma experiência agradável, já estamos curtindo, aumentando o nosso bem-estar, com uma melhora da saúde mental e ainda ficando mais otimistas.
Dica do Sommelier: ande com uma turma disposta e disponível para se divertir e economize com os médicos.
Conversei com a Renata Sanches, proprietária junto com seu marido Fabrício Marchese, da Vinícola Marchese,…
Qual é a sua história sobre comida afetiva? Aqueles pratos da sua infância que vinham…
Qual é a sua história sobre comida afetiva? Aqueles pratos da sua infância que vinham…
Qual é a sua história sobre comida afetiva? Aqueles pratos da sua infância que vinham da…
O QUANTO DE ÁGUA TEM NO VINHO? QUAL É A SUA PEGADA HÍDRICA? O sommelier…
Qual é a sua história sobre comida afetiva? Aqueles pratos da sua infância que vinham…