Estudo sobre o Teor de Etanol no Pão de Forma, realizado pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, encontrou diversas marcas com um teor de álcool muito elevado.
Gente! Era o que faltava! Descobriram que tem álcool no pão de forma industrializado! Não tenho maturidade emocional para comentar uma notícia destas.
Pensei logo em alguma bobagem do tipo: será que o pão de forma vai entrar no rol do Imposto do Pecado?
O estudo, apresentado em um Relatório Técnico sobre o Teor de Etanol no Pão de Forma, foi realizado pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Há muitos anos sou associado da Proteste, admiro muito o trabalho que realizam.
Constataram que algumas das marcas de pão de forma mais comercializadas possuem um teor de álcool alto o suficiente para reprovar no bafômetro da blitz, isto para quem consumiu apenas duas fatias.
– Seu guarda juro que não bebi, só comi um misto quente!
– Cidadão! Se comer pão de forma não dirija!
Mas como este álcool foi parar no pão? Quando a massa do pão fermenta as leveduras transformam os açúcares em álcool e gases. Os gases deixam a massa aerada fazendo aquelas bolhas que tem no pão. Mas grande parte do álcool é eliminado pela alta temperatura do forno, dependendo da temperatura e do tempo que ficar lá.
Se o álcool foi eliminado como é que ainda está presente no pão de forma industrializado? O que acontece é que este produto ficará com uma umidade residual que é muito propícia para o desenvolvimento de mofo, para evitar o problema, e estender o prazo de validade nas prateleiras do comércio, as indústrias diluem em álcool conservantes anti mofo e aspergem sobre o produto pronto.
Parece que alguns produtores, para evitarem um percentual elevado de devolução de produtos mofados, não possuem um cuidado maior com a quantidade do anti mofo que será aplicada ou em sua diluição no álcool. Adequadamente aplicado o álcool terá evaporado até o momento do consumo.
Este eventual álcool nas fatias do pão de forma já é um grande problema, mas o pior é que não é o maior deles. Problema mesmo são os conservantes utilizados, como o propionato de cálcio e o ácido sórbico, que causam diversos problemas de saúde quando consumidos em dosagens mais elevadas.
Portanto vamos cobrar mais transparência com os consumidores e apoiar a campanha da Proteste “Se tem Álcool, todo mundo tem direito de saber”.
Voltando à minha falta de maturidade emocional:
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