Existe mais de um método de elaboração do vinho rosé?
Durante a pandemia resolvi colocar em prática um projeto antigo, realizar semanalmente uma degustação virtual de vinhos, com o encaminhamento, para os participantes, da seleção dos rótulos da noite acondicionados em garrafinhas de 50ml. A brincadeira acabou sendo nomeada de LIVE WINE.
Foram no total 61 destes encontros virtuais, com a degustação de 380 rótulos, de 87 uvas e provenientes de 27 países. E o mais importante, formamos um grupo de mais de 160 degustadores, onde se multiplicaram amizades que persistem hoje em encontros pessoais. Um tipo de família do vinho.
A Norma Venancio, uma das participantes mais frequentes das LIVE WINE, pergunta se existe mais de um método de elaboração dos vinhos rosés.
Alguns historiadores afirmam que os primeiros vinhos a serem produzidos pelos antigos gregos e egípcios eram rosés.
São quatro os principais métodos de produção de vinho rosé: prensagem lenta ou direta; maceração curta; sangria e corte ou blend.
Foi falarmos em champagne rosé para me lembrar da lenda da sua origem. Napoleão era um grande amigo de Jean-Rémy Moët, herdeiro da Casa Moët & Chandon, e durante um baile em que ambos estavam presentes, uma linda jovem encantou Napoleão, ficou para a história que ela se chamava Adelaide, e estava com um vestido rosa, talvez no tom das pétalas da rosa Adelaide d’Orleans. Assim, Napoleão teria sugerido que a Moët, numa homenagem à beleza de Adelaide, elaborasse um champagne na cor daquele vestido.
É uma bela história, mas a casa de champagne Ruinart alega que desde 1764 já produzia um espumante rosé.
Os vinhos rosés são coringas da harmonização, os leves combinam com saladas, pratos de frutos do mar e com a secura do cerrado. Os com mais cor e estrutura acompanham pratos de salmão, carnes brancas e culinária asiática. Talvez seja o estilo de vinho mais indicado para harmonizar com sushis.
Encontro muito preconceito entre os consumidores com os rosés, e percebo que é em grande parte pelo desconhecimento de toda a sua variedade. Mais de um destes “inimigos” do rosé me explicou que uma vez experimentou um e não gostou, daí resolveu nunca mais beber outro. Sempre me dá vontade de perguntar se gostaram ou não do primeiro beijo na boca. Continuem degustando rosés e beijando na boca, a prática aperfeiçoa a experiência.
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Adorei a analogia com o primeiro beijo! Muito bom o texto!
Obrigado.
Eu participei deste evento Live wine que foi um grande sucesso na pandemia, projeto inovador do Sérgio! 👏👏👏
O Live Wine se desdobrou em vários outros tipos de evento. Obrigado
Os textos são muito bons! Parabéns! Adoro vinhos rosés!!
Os rosés combinam com Brasília. Obrigado