MPDFT pede explicações a Uber sobre vazamento de dados de clientes

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CELULAR UBERO Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou a Uber explicações sobre o vazamento de dados de 57 milhões de contas de motoristas e clientes por meio do aplicativo, ocorrido no fim de 2017. Para o Ministério Público, faltam esclarecimentos sobre o possível comprometimento de dados pessoais de usuários brasileiros. Caso a empresa confirme a exposição de informações de motoristas e de clientes do Brasil, deverá descrever em detalhes a natureza do incidente, o total de pessoas afetadas, as localidades e os tipos de dados pessoais que foram comprometidos. O órgão também quer saber se alguma investigação interna foi realizada e se existem conclusões.

O ofício pedindo explicações foi enviado no dia 23 de janeiro à Uber no Brasil. A empresa tem até o fim da tarde desta sexta-feira (2/2) para responder as questões. No documento, o órgão questiona ainda a veracidade da notícia de que o responsável pelo ataque teria entrado em contato com a Uber e que haveria sido efetuado pagamento com o objetivo de encobrir o gigantesco vazamento. O MPDFT pergunta também as medidas que foram ou serão adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do vazamento de dados e se os titulares foram comunicados e se os titulares dos dados foram comunicados do incidente envolvendo os seus dados.

O MPDFT informa que vai pedir o compartilhamento de provas com as autoridades de dados do Reino Unido (Information Commissioner’s Office – ICO) e da Holanda. Esta responsável por conduzir a força-tarefa criada para investigar o incidente na Europa.

A Uber informou que já recebeu o ofício do MPDFT solicitando esclarecimentos e que responderá fornecendo todas as informações necessárias.

Investigações

A gravidade do incidente de segurança chamou a atenção das autoridades de dados de vários países. Existe a confirmação de que autoridades do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Filipinas, entre outros, abriram investigações para apurar o caso.

Com informações do MPDFT

Dados de 2 milhões de clientes da Netshoes vazam e MPDFT recomenda que empresa tome providências

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Vazamento de dados pessoais, entre eles o CPF, comprometem segurança de clientes do site. Ministério Público pede que Netshoes avise os afetados, entre eles servidores de órgãos públicos

Por Augusto Fernandes, especial para o Correio


NETSHOES
Quase 2 milhões de usuários cadastrados no site de compras Netshoes tiveram informações pessoais vazadas. Dados como nome, CPF, e-mail, data de nascimento e histórico de compras dos clientes foram roubados por hackers. Diante do incidente, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou que a empresa entre em contato com cada uma das vítimas  para informar sobre o ocorrido. A Netshoes tem três dias para responder se acata ou não a recomendação do Ministério Público. Se a resposta for negativa, o Ministério Público deve entrar na Justiça.

Informações como cartão de crédito e senhas não foram reveladas, mas 1.999.704 contas foram invadidas. A Polícia Federal investiga o caso. De acordo com o documento expedido pelo promotor de Justiça da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais, Frederico Meinberg, os clientes prejudicados receberam apenas um e-mail genérico sobre segurança digital, e diante da gravidade do acontecido, a Netshoes terá de informar com mais clareza a cada um dos usuários atingidos o vazamento de informações e possíveis consequências.

De acordo com a recomendação do MPDFT, o problema de segurança atingiu centenas de servidores públicos. Entre as vítimas, há clientes registrados com e-mails de órgãos como o Tribunal de Contas da União (@tcu.gov.br), a Câmara dos Deputados (@camara.leg.br), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (@tjdft.jus.br), a Polícia Federal (@dpf.gov.br), o Superior Tribunal de Justiça (@stj.jus.br), o Supremo Tribunal Federal (@stf.jus.br), o Ministério da Justiça (@mj.gov.br), a Advocacia-Geral da União (@agu.gov.br) e a Presidência da República (@presidencia.gov.br).

O promotor responsável  pela recomendação classificou o vazamento como um dos maiores incidentes de segurança registrados no Brasil, e acredita que os afetados estão sujeitos a uma série de transtornos. “Essas informações, nas mãos erradas, deixam as pessoas vulneráveis a diversas espécies de fraudes”, explicou em nota publicada pelo MPDFT.

O Correio tentou contato com a empresa, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta