A Petrobras anunciou o nono reajuste no preço do gás de cozinha este ano. A partir desta terça-feira (5/12), o produto sobe 8,9%. Desde que a companhia mudou a política de preços, já foram nove alterações, totalizando 84,31% de alta da venda do produto às revendedoras de gás.
De acordo com a estatal, o ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o preço do botijão pode ser reajustado para o consumidor, em média, em 4% ou cerca de R$ 2,53 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos. O último reajuste ocorreu em 05 de novembro de 2017. A empresa alega que a alteração foi causada principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais.
Leia últimas notícias no Distrito Federal
Sobre o repasse ao consumidor, a companhia informou que: “como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.”
Mudança na política de preços
Desde junho, a Petrobras passou a corrigir mensalmente o valor do Gás Liquefeito de Petróleo, o GLP-P13, conhecido como gás de cozinha ou doméstico todo dia 5 do mês. O preço final passou a levar em conta as cotações no mercado internacional. Até maio de 2017, a estatal adotava uma política que evitava o repasse da volatilidade do câmbio e das cotações internacionais no mercado interno. Por isso, geralmente, fazia-se uma correção anual. Na ocasião do anúncio da flutuação, o presidente da companhia, Pedro Parente, ressaltou que o gás não tinha uma política de comercialização definida e que, com a alteração, a Petrobras completava “o ciclo de definição de políticas para os produtos da companhia”.
Reajustes em 2017:
21 de março: 9,8%
7 de junho: 6,7%
4 de julho: -4,5%
5 de agosto: 6,9%
6 de setembro: 12,2%
26 de setembro: 6,9%
11 de outubro: 12,9%
3 de novembro: 4,5%
5 de dezembro: 8,9%