A empresa uruguaia Pluna Linhas Aéreas S.A comunicou ontem a suspensão de suas atividades por período inderteminado. Quem comprou passagem pela companhia e ainda não voou deve tentar conseguir o dinheiro de volta pelos canais de atendimento ao cliente, como os guichês presenciais e telefone.
O problema é que ontem o atendimento telefônico da empresa apenas redirecionava as demandas para o site. Hoje, no número disponibilizado, uma gravação informa que o número não existe.
No intuito de proteger o consumidor brasileiro, os órgãos nacionais estão atentos ao desfecho da situação. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prometeu fiscalizar a assistência dada pela companhia aos passageiros nos guichês presenciais. A Fundação Procon-SP encaminhou um ofício à Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) solicitando que a entidade oriente os seus associados a providenciarem, assim que solicitado pelo consumidor, o cancelamento das compras, ainda não pagas, de passagens feitas através de cartão de crédito.
O consumidor que não conseguir solução pode entrar em contato com os órgãos de defesa consumidor locais.
Entenda o caso
Desde 2007, a Pluna acumula prejuízos de mais de US$ 100 milhões por causa da queda da demanda, alta do preço do combustível e limites de tráfego. Desde junho, o Estado uruguaio se tornou sócio único, graças à saída do fundo de investimento Leadgate, que tinha 75% do capital. Na sexta-feira, o governo uruguaio anunciou o encerramento da companhia aérea.
A companhia operava 86 voos no Brasil, sendo 10 diários. Os destinos eram Montevidéu, Santiago e Punta del Leste. No aeroporto JK, a Pluna tinha um voo diário da capital brasileira à uruguaia, que iniciou-se em 15 de junho do ano passado.