A Black Friday entrou no calendário do consumo brasileiro. Lojistas e consumidores estão se adaptando à data promocional e diminuindo os conflitos, entretanto, ainda há o que melhorar. Problemas técnicos nas páginas das lojas, maquiagem de preços, propaganda enganosa e pedido cancelado sem justificativa ainda estão entre as principais queixas.
Tanto órgãos oficiais de defesa do consumidor, como o Procon de São Paulo, quanto empresas como a ReclameAqui fizeram um monitoramento das promoções e dos principais problemas encontrados. Pelo balanço da ReclameAqui, entre às 18h de quinta-feira (24/11) até a 0h deste sábado (26/11) foram registradas 2.912 reclamações, um terço a menos que em 2015, quando foram computadas 4,4 mil queixas. No Procon de São Paulo, a última atualização ocorreu às 19h e indicava 664 atendimentos, sendo 436 denúncias e reclamações e 228 orientações por meio de redes sociais, internet e telefone.
No órgão paulista, os principais problemas foram: mudança de preço ao finalizar a compra (carrinho): 23,17%; produto/serviço anunciado indisponível: 18,81%; maquiagem do desconto (preço do produto / valor do frete): 16,06% ; pedido cancelado sem justificativa: 6,19%; site intermitente/congestionado/página bloqueada: 2,75%.
No ReclameAqui, os cinco principais motivos de reclamações foram propaganda enganosa, responsável por 22%; seguido de divergência de valores, 15%; problemas na finalização da compra, 12%; produto indisponível, 7,7%; e promoção, com 6,6%. Protagonista em outras edições, a maquiagem de preço – o famoso “metade do dobro” – foi o sexto motivo de queixas, 5,4%. Pelos dados da empresa, assim como em 2015, a loja virtual Kabum! fechou esta edição da Black Friday na liderança com 588 queixas, seguida da Americanas.com, com 249; e Submarino, com 149 reclamações.
Produtos mais reclamados
Na lista do ReclameAqui, os smartphones foram um dos produtos mais buscados na Black Friday, por isso, representaram 10,2% do volume de reclamações, ficando em primeiro lugar entre os produtos que mais tiveram problemas. Em segundo lugar apareceram componentes, peças e acessórios de eletroeletrônicos, com 7%, seguido de TV, com 6,4%, celular, 6% e notebooks, com 3,2%.