Carnaval em Tempos de Dengue

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Cosette Castro

Brasília – Na véspera de começar o carnaval 2024, o Brasil enfrenta mais uma crise de saúde pública. No Distrito Federal (DF) não é diferente.

O DF é, ao lado de Minas Gerais e Paraná, um dos locais do país com maior incidência de vítimas de dengue. E uma das quatro unidades da federação a decretar situação de emergência.

A dengue é uma doença sazonal que aumenta em tempos de calor e chuva. E é preciso muito cuidado nesses dias de festa, brincadeira e alegria.

A partir desta sexta-feira são esperados cerca de 1,7 milhão de pessoas de todas as idades nas ruas do Distrito Federal. E, apesar do feriadão, cada um de nós pode fazer a sua parte para se proteger, proteger a vizinhança e reduzir o número de casos.

Em termos de vacinação pública, haverá 36 unidades abertas durante o Carnaval. Na primeira  etapa da campanha, a Secretaria de Saúde  do Distrito Federal vai vacinar apenas crianças entre 10 e 14 anos.

Segundo a Secretaria de Saúde, a  imunização contra a dengue não deve ser aplicada nos seguintes casos:
– pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida,
– pessoas que estão em terapias imunossupressoras,
– pessoas com infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) sintomática ou com evidência de função imunológica comprometida,
– pessoas com hipersensibilidade às substâncias listadas na bula.

A vacina também não é indicada ainda a mulheres grávidas ou em período de amamentação.

A prevenção coletiva da saúde começa dentro de casa.

O Ministério da Saúde recomenda remover a água parada de recipientes que podem ser criadouros do Aedes Aegypti, desobstruir calhas, lajes e ralos, além de vedar reservatórios e caixas d ‘ água. Se for possível, utilize telas nas janelas.

O mosquito da dengue circula em diferentes lugares podendo se localizar inclusive nos vasinhos de plantas que as pessoas regam, mas não renovam a água. O lixo domiciliar é outro fator de cuidado para evitar que acumule água e se transforme em criadouros de insetos.

Para as pessoas que forem pular Carnaval outros cuidados devem ser observados.

Em 2024,  além de boné, protetor solar, água, caixinha de remédios, caso você faça uso de algum, e preservativo, inclua um repelente aprovado pela  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no seu kit proteção.

Vale lembrar que o tempo de proteção dos repelentes são variados.

Alguns  repelentes precisam reaplicação após duas horas e outros após seis horas. Por isso, leia rótulo para saber qual a forma e frequência de uso adequadas. Todo cuidado é pouco.

Caso você sinta alguns dos sintomas de dengue, a Secretaria de Saúde  orienta  procurar atendimento o mais rápido possível. Os sintomas mais comuns são: febre alta, erupções cutâneas, dores musculares e articulares.

A indicação é procurar as tendas de atendimento ou as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Os profissionais farão a análise, a triagem, verificação de qual tratamento precisa ser aplicado. Se for necessário, o paciente será encaminhado para outra unidade de saúde.

A situação dos hospitais no Distrito Federal não está fácil. As filas de espera estão demorando até 10h para o atendimento,  o que aumenta o risco dos pacientes. E desespera as famílias.

A promessa do governador Ibaneis Rocha é que mais nove tendas de atendimento serão disponibilizadas para a população a partir da próxima semana. Esperamos que as filas sejam reduzidas rapidamente e a qualidade do atendimento melhore. Famílias e pacientes merecem.

PS: Ajude a divulgar a campanha contra o assédio às mulheres no carnaval. NÃO É NÃO em qualquer lugar e momento. E beijo “roubado” não é brincadeira. É assédio.

PS 2: Marque na agenda: O Bloco Filhas da Mãe sairá no pós-carnaval, domingo,  dia 18/02, junto com o Coletivo dos Blocos da Saúde Mental, coordenado pelo Bloco do Rivotrio. Aguardem!

Cosette Castro

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